MINHA MÃE: SAUDADES!

O parque àquela hora da manhã mostrava que a natureza havia acordado há pouco. As folhas ainda estavam vestidas com o orvalho, as flores preparavam-se para receber os beija-flores, borboletas e abelhas. Um perfume doce e suave invadia o espaço. Os raios do sol aqueciam com suavidade transmitindo bem-estar.

E ali se encontrava ela, caminhando quase sem perceber por onde passava. Quem a via, imaginava estar fazendo uma caminhada matinal, mas ela já perdera a noção do tempo que andava perdida que estava em seus pensamentos. Pisava as folhas secas que o vento derrubara, chutava as pedrinhas que por ventura encontrava, olhava para tudo sem nada ver.

Vendo um banco embaixo de uma frondosa árvore sentou-se respirando fundo apoiando o queixo entre as mãos. Seus pensamentos criaram asas e viajaram pelos tempos.

Pensou em sua infância e sem querer sorriu. Lembrou de sua mãe. Que saudade imensa sentiu. Lágrimas desceram e ela não notou.

Esta época do ano tinha o dom de fazer com que ela retornasse àqueles dias de alegria e àqueles braços tão queridos.

Quantas vezes sentou-se naquele colo e recebeu carinhos, abraços e beijos, sentindo-se amparada, protegida.

Lembrou-se que quando fazia aniversário acordava com seus beijos e palavras que hoje parecem doces e quentes, era o presente mais lindo que ganhava e como era esperado.

De repente sentiu em seu rosto um calor suave como um beijo. Não quis abrir os olhos para que aquela sensação não desaparecesse. E disse baixinho com a voz embargada pelas lágrimas:

- Mãe, sinto muita saudade. Daria tudo para ter teu colo novamente, ouvir tua voz, sentir teus carinhos. Mãezinha, neste dia dedicado às mães meu presente para ti é dizer-te que TE AMO e jamais te esquecerei.

Rosinha Barroso

04/05/2008