Viver é não conseguir (F.P.)

Vivo, portanto não consigo.

Desafiante.

Isso me instiga e compromete com o mundo.

Aprendi que sempre serei ferida, de alguma forma, principalmente pelas pessoas a quem amo.

E que preciso perdoar quando acontece.

Estou viva, então choro, sorrio, canto, sofro, ando, paro.

Sinto-me forte quando amada.

Insegura quando decepcionada.

Tenho uma missão a cumprir na terra.

Sei que ela terminará apenas com a minha morte.

Então não resisto ao tempo.

Permito-me arriscar, ousar.

Consinto ser em alguns momentos governada por meu amor.

Isso me provoca o lado feminino e gosto disso.

Nunca deixo meu barco ancorado.

Ele segue o rumo do vento, por que sou mulher livre.

Faço minhas escolhas.

Algumas conscientes, outras impulsivamente.

Deixo livre o meu amor.

Apenas assim poderei amá-lo.

Minha força maior está na solidão.

É meu momento maior de criação.

Não temo o escuro, a noite, a chuva.

Alimento meu amor por que ele é fogo e se não o fizer morre.

Descobri que todos os relacionamentos que tive, mesmo que frustrados, precisei deles naquele momento da minha vida.

Então me perdôo pela dor que me causaram.

Sinto ciúme do meu amor quando percebo que ele pode ser feliz apesar de mim.

Não gosto de mim quando o sinto.

Repudio o sentimento de posse.

Sei que a vida é a arte de resolver problemas e não os temo.

Escrevo, para registrar minha história.

Também para provar a mim mesma que existo e que, portanto posso intervir na história do planeta..