O DESAFIO DE SER MÃE NOS DIAS DE HOJE

O DESAFIO DE SER MÃE NOS DIAS DE HOJE

Jorge Linhaça

Dizem que ser mãe é padecer no paraíso, quem sabe possamos também dizer que é alegrar-se no inferno do hoje.

Talvez, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, possamos considerar que é viver no purgatório, entre as alegrias e as

preocupações de nosso tempo.

Se as mães de hoje anda trazem consigo aquele instinto maternal, aquele sexto sentido, tão decantados em verso e prosa através dos tempos, por outro lado tem que lidar com situações que raramente ocorriam em outras épocas.

Hoje em dia, muitas mulheres/mães, criam sozinhas os seus filhos, tendo de dividir o seu tempo entre a jornada de trabalho,

os fazeres domésticos, e , claro desempenhar ainda o papel de mãe, amiga, educadora.

Outras mulheres, embora casadas, também precisam ou desejam trabalhar fora, seja para auxiliar nas despesas da casa ou para sua realização pessoal, o que as deixa numa situação, em alguns aspectos, bastante semelhante a das primeiras.

Provavelmente a única diferença, é que, algumas destas últimas tem a sorte de possuir um companheiro que as auxilie na orientação aos filhos.

A realidade é que , qualquer que seja o caso específico, vivemos em uma época conturbada, em que, os riscos para a juventude são enormes. Além da degradação moral, da inversão de valores, da promiscuidade dos relacionamentos, temos ainda de lidar diariamente com a violência e o constante risco do assédio das drogas, sejam elas legais como o álcool, que se alastra entre a juventude qual um rastilho de pólvora, ou as ilegais como o crack , a cocaína, o ecstasy, e etc, largamente consumidas nos mais diversos ambientes, desde os becos escuros da marginalidade até as festas dos mais abastados.

Junte-se a isso o apelo da mídia ao constante consumismo, quer seja de produtos como de serviços, e temos ai um coquetel capaz de fazer arrepiar aos mais corajosos e, capaz de causar imensos danos à saúde física, mental e emocional de qualquer pessoa.

Em meio a essa problemática toda, as mulheres/mães tem que desenvolver quase que superpoderes para darem contas de tantas tarefas diferentes, tornado-se assim multifacetadas e multifuncionais.

Ora, quem possui ou já possui, ou trabalha com qualquer equipamento multifuncional sabe bem dos riscos que corre.Basta que alguma das funções apresente mal funcionamento para que ele se torne um elefante branco a ocupar espaço.

No caso das pessoas, a pane em alguma área de atuação tende a ser compensada ou sublimada dando-se ênfase a outra área qualquer, o que não evita as conseqüências futuras.

As soluções que as mães encontram para lidar com essa realidade são tão diversas quanto são as suas personalidades e a disponibilidade de recursos, sejam estes, financeiros, emocionais, educacionais, etc

Sejam quais forem as maneiras que encontram para lidar com a situação, não podemos esquecer que são seres humanos, e, como tal, sujeitas a erros e acertos.O pior é a pressão que carregam sobre si de que as mães não podem errar.

Assim sendo resta às mulheres/mães transformarem-se em super heroínas, onipresentes, oniscientes e onipotentes, o que todos sabemos não é possível, o que é possível, e muitas procuram fazer, com o sacrifício de seus próprios interesses, é utilizar da melhor forma possível o tempo que tem para ficar com os filhos, o que, infelizmente nem sempre é garantia de sucesso.

À todas as mães, de todas as idades, raças, credos e condição social, fica aqui a minha sincera homenagem a vocês que são as heroínas de nossos dias, fazendo esforços incríveis, diuturnamente, para dar a seus filhos o melhor alicerce que podem.

Parabéns pelo seu dia ( embora todos os dias sejam o dia das mães ).