Eu e as abobrinhas...

Estou aqui... "eu e as panelas". Com o umbigo encostado, hora no fogão, hora na pia. Cada dia um prato diferente. Tendo que variar o cardápio, - o que para a dona de casa se torna um momento trágico! Cansada de tanto queimar os neurônios para agradar a todos, vou inventando, mas nunca escrevo a receita! E cada vez a minha invenção sai de uma maneira. Uma vez salgada demais,- outra, apimentada ao extremo. E assim vou levando... Também não posso ocultar que, na maioria das vezes, sou elogiada por minhas criações coloridas e saborosas. Ou então, é um tititi danado! Resmungos e falta de apetite de alguns, pressa de outros... E assim vou transferindo os dotes culinários para os meus entes (imaginem vocês se eles querem aprender a pilotar fogão!). Ainda bem que não ha ninguém aqui no momento para proibir esse texto maluco. Poderei então inventar, temperar, salgar à minha vontade. Mas nesse "lava, tempera e coze", juntando o restante dos afazeres, tenho que ainda estar sempre à espreita com as abobrinhas, pois minha mãe as adora de todas as formas: refogadas, recheadas, suflês, docinhos e tudo mais que ela inventa. Pra variar, me deparei com uma delas, (a classificada como 'abóbora-menina') pesando cinco quilos ou mais. Percebo que nem as abobrinhas querem ser meninas hoje em dia!