Nada sou, não estou

Já não sei de mim

Quisera saber

Não sei o que acontece

Sinto-me distante da minha força maior

O amor...

Não consigo inspiração

A lua não me atiça

O sol me incomoda

Nem para as estrelas olho!

Não me sinto deprimida

Apenas sem contato comigo

É como que se o tempo parasse

E eu ficasse imóvel por algum tempo

Sem lembranças

Pensamentos

Perdi o sorriso nos lábios

Os olhos não brilham

Os poemas não acontecem

Escrever, como faço agora, não me provoca

Faço-o por fazer

Como que instintivamente

Uma máquina talvez

Não me importo com os ruídos

Nem leio meus e-mails

Se o telefone toca atendo quase que simbolicamente

Não sofro

Nem tampouco estou feliz

Não sinto paz

Muito menos sofrimento

É como que se vegetasse

Nada importa

Nada sou

Não estou