Padres deveriam procriar

Gente, estou de birra com a igreja mesmo, não é? Me desculpem, mas ando ouvindo coisas demais por aí.

Vejam bem: me indicam um texto em um site com apologias ao catolicismo. Acesso o site e me indicam um texto sobre vasectomia. Um camarada se diz católico praticante e lamenta a vasectomia, não obstante justificar-se devido as dificuldades por que passa a mulher com os anticoncepcionais. Também citou as dificuldades por que passa o mundo, a superpopulação e a escassez de alimentos, o aquecimento global, e por aí vai.

Segundo a doutrina católica, qualquer método artificial é condenado, e até mesmo o método natural, conhecido por Billings! Tal método natural só serve para espaçamento das natalidades. Estaria o camarada arruinado.

Ora, o replicante disse tratar de covardia da parte do casal, e que a culpa pelos índices negativos de natalidades caberiam a casais como eles que não procriam, também questionando a fé dos mesmos na providência de Deus.

Ora, se o problema é procriar, por que não permitem que os homens casados sejam ordenados, tenham suas famílias e assim contribuam como colaboradores de Deus na criação, além de servir à igreja? Será que os padres têm tanto trabalho assim, para abrirem mão de ter uma família? No oriente é possível. Seria orgulho de parecer render-se aos pedidos inclusive de talvez milhares de católicos em todo o mundo, incluindo excelentes padres que abandonaram o sacerdócio e hoje assumem famílias numerosas e cristãs? Onde está o problema, seria sustentá-los? E um homem deve aceitar esta ordem de Deus em procriar como coelho, sem ter uma mínima condição para ao menos garantir direitos básicos de seus filhos?

Qualquer dia desses alguém poderia cobrar da Igreja um plano de saúde para seus sete ou oito filhos permitidos em respeito às ordens supremas de Deus.

Benito Cecá
Enviado por Benito Cecá em 19/05/2008
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