JEITINHO BRASILEIRO

O "jeitinho brasileiro" tem fama internacional. Não há problema sério que resista ao "jeitinho brasileiro". Seriedade não é com ele. Se o problema existe, dá-se um jeito. Se algúem está atrasado e quer chegar na frente ou se foge de regras e leis basta recorrer a ele. O "jeitinho brasileiro" só obedece à "Lei de Gérson".

Segundo o site wikipédia:

"A expressão originou-se em uma propaganda de 1976 criada pela Caio Domingues & Associados, que havia sido contratada pela fabricante de cigarros J. Reynolds, proprietária da marca de cigarros Vila Rica, para a divulgação do produto. O vídeo apresentava o meia armador Gérson, jogador da Seleção Brasileira de Futebol como protagonista.

O vídeo inicia-se associando a imagem de Gerson como "Cérebro do time campeão do mundo da Copa do mundo de 70" sendo narrado pelo entrevistador de terno e microfone em mão, que se passa em um sofá de uma sala de visitas, este entrevistador pergunta o porquê de Vila Rica, que durante a resposta recebe um cigarro de Gerson e acende enquanto ouve a resposta, que é finalizada com a frase:

'Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica!'.

O jogador e a propaganda foram seriamente criticados. Brasileiros menos sérios, com seu jeitinho, estabeleceram a "Lei de Gérson". O negócio era levar vantagem em tudo.

O Brasil tem sua Constituição, seus códigos de leis, seus estatutos, medidas indefinidamente provisórias e outras leis, com seus representantes nos poderes constituídos. Há, no entanto, mais vontade de criar leis que de levá-las à sério. A "Lei de Gérson" parece ter tomado conta de membros dos poderes Executivo, Legislativo e judiciário. Aparentemente todos querem levar vantagem em tudo.

Mas, se todos seguirem a "Lei de Gérson", afinal, quem vai ficar com a desvantagem? Talvez resolvam esse problema com um "jeitinho brasileiro".