Crônica de um escritor

Quando escrevo esqueço da vida.

Quando escrevo sinto-me bem.

Quando escrevo sou eu atuando plenamente em minha vida.

Quando escrevo fico feliz.

Quando escrevo acredito na totalidade do ser.

Quando escrevo deixo de lado minhas incertezas.

Quando escrevo minha alma vai sendo passada a limpo lentamente.

Quando escrevo vou compreendendo a dimensão dos meus pensamentos e sentimentos.

Quando escrevo esqueço dos problemas.

Quando escrevo tudo o mais torna-se pequeno.

Quando escrevo sinto-me livre e leve.

Quando escrevo nada interrompe minhas idéias.

Quando escrevo sou eu mesma atuando no mundo com todo o meu potencial, sem medo!

Algumas vezes meu ser e idéias vão lentamente colocando-se no mundo, tal qual uma flor vai desabrochando no jardim.

Abrindo-se lentamennte diante do mundo, mostrando sua beleza com calma e suavidade, sem agressão. E quando a olhamos , ela está aberta ao mundo...

Assim é, algumas vezes, quando escrevo.

Noutras vezes, as idéias saem agitadas e pouco a pouco acalmam-se...

Tal qual tempestade que chega e vai lentamente acalmando e ao fim sente-se apenas a brisa leve.

É assim também a tempestade de pensamentos.

Chega turbulenta, mas ao final aspiramos aquela brisa suave que tranquiliza a alma, fazendo com que ela adormeça e só desperte para um novo desabrochar ou uma nova tempestade de idéias.

Suave ou tempestivamente,assim é quando escrevo.

Ane Matajs
Enviado por Ane Matajs em 16/01/2006
Reeditado em 23/11/2012
Código do texto: T99685
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