COMO PAREI DE FUMAR EM 24 HORAS

Parar de fumar é difícil porque geralmente não queremos deixar o cigarro. Gostamos dele e amamos fumar. Entendemos que temos que parar de fumar pelo bem de algo, mas nosso corpo não quer ficar sem o cigarro e o subconsciente não toma uma posição a respeito. Então nossas tentativas são sempre frustradas. Todavia, quando não gostamos de algo, logo conseguimos nos afastar. Mas como não gostar do cigarro? Talvez se aprenda a não gostar, mas nunca antes de o deixar. Muitos, porém, pararão de fumar, mas jamais deixarão de gostar do cigarro. Diante disto, é preciso arranjar um bom motivo para deixar o cigarro, sem pensar quão duro será encarar o resto da vida sem ele. Tal pensamento sempre trai o fumante em suas tentativas.

Segundo o doutor Vitor Frankel, criador da Terceira Escola Vienense de Pisicoterapia, precisamos de um sentido, uma razão para suportar o sofrimento e a dureza dos processos do viver. No caso do deixar de fumar, há necessidade de arranjar uma razão para suportar a angústia de estar sem fumar e encarar tal situação para o resto da vida. Uma sugestão é dedicar o parar de fumar a alguém que se ama muito, comprometendo-se com a pessoa, já que o fumante não valoriza muito sua própria saúde. Por exemplo: No meu caso, dediquei meu último parar de fumara a Deus, o maior vigilante da minha saúde. Digo último porque parei muitas outras vezes antes. Como dEle não se deve zombar, tive um motivo adicional para cumprir o propósito e tenho para não pôr o cigarro na boca novamente.

Antes, porém, parei de fumar por causa de uma forte inflamação respiratória quando tinha vinte e um anos. Durou seis meses. Parei por causa de um pacto com minha namorada quando tinha vinte e quatro anos. Ela jamais cumpriu sua parte no pacto, me pedindo dois dias depois para comprar-lhe cigarros. Minha parada durou ainda trinta dias. Parei depois para poder juntar dinheiro para as passagens de minha esposa da universidade para casa mais de cento e vinte quilômetros de distância. Nesse tempo eu tinha em torno de vinte e seis anos. Essa parada durou outros trinta dias. Parei mais adiante por tristeza por causa da morte de meu irmão, bem como do vizinho dono do bar onde eu comparava cigarros. Nesse tempo eu tinha vinte e nove anos. Durou um ano e meio. Voltei a fumar quando minha esposa decidiu se separar de mim e depois de mais de três meses da tormentosa angústia da separação comecei a ceder a vontade de fumar e voltei comprando um cigarro por dia, depois dói, cinco e uma carteira inteira, chegando por fim novamente a uma carteira e meia. E, por fim, um ano e meio depois de ter voltado a fumar novamente, retomei a proposição de nãos ser mais fumante, porém, desta vez já não tinha um porque.

Comecei então fazendo todo um planejamento estratégico, o qual incluía Deus ativamente. Por um mês inteiro orei sobre esse programa, pedindo para o Senhor que propusesse e reforçasse diariamente as diretrizes. Marcamos uma data específica para a execução da parte final do projeto, que era o deixar o cigarro e sustentar a proposição até o completo domínio das crises de abstinência, que no meu caso produzem aftas enormes pelo resistir aos golpes psicológicos do corpo.

Ao chegar o dia e a hora marcada, experimentei convictamente desafiar-me a permanecer sem fumar com assistência de Deus por vinte e quatro horas, sendo elas marcadas no relógio. Então descobri como uma pequena vitória pode servir de poderoso estímulo para alcançar outra vitória. Quando fiz isso, antes de esgotar as vinte e quatro horas fiz novo propósito comigo e Deus para as próximas vinte e quatro horas, repetindo isso sucessivamente. Após cinco dias a fissura já tinha desaparecido quase por completo e o permanecer sem fumar se tornará muito mais fácil. Para incrementar, aproveitei e me desafiei a ver quantas vinte e quatro horas poderia passar sem cigarro. Somente não me esqueci de ir renovando o propósito comigo e com Deus sempre antes de acabarem as vinte e quatro horas anteriores.

O segredo do sucessos, porém, está em que fazia especialmente um propósito com Deus (o que funcionou muito) ao início de cada uma das vinte e quatro horas, comprometendo-me com Ele em esforçar-me se Ele me ajudasse. Renovava o propósito com Ele muitas vezes durante o período de vinte e quatro horas, pedindo sempre Sua ajuda. Quando estava chegando ao fim de cada período de vinte e quatro horas e eu ia renovar o propósito, agradecia ao Senhor pela ajuda e depois refazia o propósito com Ele. Assim é que parei de fumar pela última vez após dezessete anos corridos de fumo e já não fumo há mais de doze anos. Ou, seja, mais de oitenta por cento do tempo que fumei. E meu pulmão já não solta placas de nicotina, significando que está bem limpo. E a melhora na saúde e qualidade de vida é notável.

Minha síndrome de abstinência perdurou por dois anos, produzindo entre oito e dez aftas enormes na boca a mesmo tempo, chegando até na garganta e tornando o falar e comer uma tortura diária. Entretanto, apesar que eu sabia que se fumasse um cigarro pela manhã, a tarde não teria mais as aftas, Deus me ajudou a manter o propósito, pois pretendia honrá-lo não prejudicando o corpo que ele me deu. Este foi o propósito que desta vez me ajudou a parar de fumar e é o mesmo que ainda me mantém não fumante.

Se você experimentar esse mesmo método e tiver sucesso, volte nesta página para dar seu depoimento, ajudando outras pessoas a se decidirem e vencerem em favor de sua saúde e das pessoas que as rodeiam.

Na luta contra o cigarro, você pode contar com a ajuda substancial do curso COMO PARAR DE FUMAR EM CINCO DIAS, que você encontra no link a seguir: http://www.esperanca.com.br/2009/08/curso-como-deixar-de-fumar-em-cinco-dias/

Wilson Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003, e Os Sonhos Não Conhecem Obstáculos, 2004.