QUANTO CU$TA DIVULGAR UM LIVRO

QUANTO CU$TA DIVULGAR UM LIVRO

Uma conversa crua, mas verdadeira

 

Entre todos os caminhos nada suaves do novel escritor a divulgação dos seus livros é,para mim,o mais espinhoso.

Não basta a luta para ser publicado,os custos da publicação,o riso de mofa daqueles que não acreditam no seu talento, despertar ao interesse do leitor me parece o mais complicado.

Como tudo neste pais se não for “filho de quem”, acadêmico ou professor, celebridade ou esportista, rico empresário, político ou profissional liberal de renome, muito lhe vai custar manter a cabeça fora d´água.

Ficará sempre “taxiando no aeroporto” como muito bem disse o escritor Aydano Roriz,famoso pelos seus romances históricos, no seu artigo publicado pela revista “Beco das Palavras”,edição de Outubro/15,onde nos deu o prazer de participar.

Existem muitas formas de divulgação ,porém,todas elas muito acima do bolso de qualquer escritor mediano,que não desperta a atenção da grande mídia.Um espaço num jornal de grande circulação custa muito caro ,a TV é um sonho e rádios ,quando muito lhe dão uma “palhinha” na hora do almoço.

Então,vamos correr para os produtores culturais .Será que dá? Talvez, se você tiver grana acima de $1500.00 para começar; quanto mais conhecido e respeitado o produtor, mais caro custa seu trabalho.

No Brasil a distribuição de livros é pouca e restrita. E,seja para por em bancas de revista ou nas principais livrarias o autor terá que arriscar imprimir 1000 ou 5000 exemplares. E,pagar de 50 a 70% ao distribuidor.E ,ás vezes ,ao livreiro e ao distribuidor. Em Salvador pode-se por nas bancas cerca de 300 exemplares; mas,paga-se uma taxa não devolvida de $800.00.Se o livro não vender volta para o dono.

Assim, os livros acabam nos sebos ou os caixotes debaixo da cama do autor. Conheci muitos assim .Uma pena!

Existe um tipo de autor que eu digo tem a marca de Caim, os ousados,os destemidos, os desassombrados que saem por ai vendendo seus livros .Pegam suas sacolinhas e só voltam pra casa com ela vazia e os bolsos cheios. Mas,esses são tão poucos!

Depois de escrever e peregrinar quase dois anos tentando colocar os livros que paguei ,resolvi abrir uma pequena editora para fazer meus próprios livros; mas, acabei fazendo os de muitos e comecei a pensar numa maneira cômoda de divulgar estes livros. Primeiro as páginas dos blogs, depois minhas páginas nas redes sociais, levar livros para as festas literárias, gerando um alto custo para mim e muitas dores nas costas.

Não existe almoço grátis,

.A lei das probabilidades nos ensina que circulando 2000 exemplares de revistas por todo o Brasil, livrarias,escolas,etc será impossível que alguém ,em algum remoto lugar do planeta não se interessasse por um poema, um conto ,um texto e logo procurasse saber quem o escreveu e ,sabendo,informar-se sobre seus livros e, informando-se, comprá-los.

Além das festas literárias sempre garimpando novos talentos.

O meu jogo com as livrarias ,modesta á parte, foi bem feito.Procuro as melhores para lançar os livros dos meus autores fazendo um belo lançamento e reunindo amigos e frequentadores da própria livraria.

As livrarias então vão prestar atenção em você,e o caminho estará sendo pavimentado. E ,sem você, autor ter que pagar os benditos 50%. Pense nisto!

Conta-se que o Paulo Coelho ,um dos escritores mais vendidos no mundo ,colocava seus livros nas principais livrarias e depois pagava alguém para compra-los. Esgotados ele levava outra remessa. Assim a livraria se interessava por ele e ela mesma fazia a divulgação .Não sei se é verdade esse “bilhete”,mas, quem quiser não custa tentar...

Eu lhes dei as dicas, a isca e o anzol.

Agora,pesquem!

Miriam de Sales é escritora e editora

 

CEO da Editora Pimenta Malagueta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 02/04/2022
Código do texto: T7486350
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