O ESTADO BRASILEIRO E OS FAMIGERADOS CARTOES CORPORATIVOS

Que o Estado brasileiro é uma instância cuja função primeira e prioritária é garantir, divulgar, promover e perpetuar o ideário, as regalias, os privilégios da classe dominante, já sabemos; Que o Estado brasileiro tem como função também, amenizar, minimizar, acomodar, diluir o grande conflito existente entra a classe trabalhadora e a classe dominante, igualmente concordamos, no entanto, como no Brasil tudo se reveste de uma atmosfera de primazia e excentricidade, não me causa nenhuma estranheza o surgimento, o concentimento, a conivência estatal brasileira com determinados espedientes de CORRUPÇÃO BRANCA, de desvios de conduta proporcionada pela e com a permissivdade capital; uma farra monetária promovida com dinheiro público.

Se é verdade que, o congresso nacional brasileiro é a caixa de ressonância do nosso povo, da nossa gente, daí se impõe outra verdade ensurdecedora, a de que o único som que ecoa daquela instância legislativa é o SILÊNCIO; um silêncio comprometedor que, se bem traduzido ganha ares de omissão, de negligência, de descaso, descompromisso com o dinheiro do contrubuinte. Em um país como o nosso onde milhões de pessoas morrem de fome, são desassistido, onde o sistema de saúde não alcança grande parte da população, onde a ausência do Estado é uma constante; e o que falar do judiciário diante tamanha orgia financeira, um judiciário que lota seus tribunais com ladrões de galinha, pobres e negros, mas, se faz de morto, de incompetente pra jugar mega fraudadores --- muitos deles encastelados no poder---, até que ponto este silêncio institucionalizado marcada pela inércia dos poderes constituidos não é a tradução mais clara e efetiva de ganrantias, de privilégios e regalias dos ocupantes de cargos dentro destas organizações, e a exigência de padrões que cada poder requer? Ou, se é oportuno se perguntar, porque é que quando se trata de apurar responsabilidades referentes a desvios, roubo, uso inadequado do dinheiro público, sempre ou inveriavelmente constata-se uma postura passiva, lenta e quase conivente com tais condutas por parte dos orgaos públicos competentes?

O Estado que “administra” os interesses da classe dominante, é o mesmo que ascena complacência com aqueles que uma vez vinculados ao poder estatal são liberados pra cometer desatinos econômicos e gastanças do dinheiro público. Os cartões corporativos se prestam como um bom exemplo desta promiscuidade financeira com o dinheiro do contribuinte. Uma outra prova material de que os cartões corporativos não cohecem limites nem fronteiras, é toda a movimentação e manipulação de informações e contra-informações que o governo do PT vem orquestrando no sentido de proteger, blindar os documentos comprovatórios que possuem do montante gasto pelo governo passado do FHC; a postura protecionista do governo Lula, nada mais é que a tentativa ou garantia de que as vutuosas somas de gastos do seus dois últimos anos de governo, também, serão objeto de proteção, de impublicidade por parte daqueles que farão o próximo governo do Brasil. Essa postura de omissão adotada pelo atual governo do PT, torna-o não somente passivo, incompetente, mas, principalmente CÚMPLICE do governo FHC. Uma atitude reprovada e condenável pela maioria da nossa gente, uma vez que, diante de tantas bandeiras, o PT chegou ao poder prometendo também primar pela transparência.

É bom que entendamos, enquanto houver a figura do Estado Burguês, haverá sempre um canal aberto para práticas corruptivas, subtrativas, tudo isso com amplo e comprovado prejuízo para o restante do coletivo social. Outra prova definitiva e cabal da irresponsabilidade do atual governo em apurar tais desvios de dinheiro público e punir exemplarmente aqueles que manipularam em prol de si mesmo tais recursos, é o fato de que a CPI dos cartoes corporativos nada apurou nada encontrou e, a ninguém puniu por tais posturas. Uma atitude que demonstra os quanto alheios e indiferentes são aqueles que fazem o congresso nacional brasileiro.

O governo Lula joga dados, aposta na ignorância do povo brasileiro. É bom tomar cuidado.

Dimas: Professor-Pesquisador, Pedagogo, Especialista e Mestrando em Educação.

Dimas Cassimiro
Enviado por Dimas Cassimiro em 06/06/2008
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