VIOLÊNCIA

Conforme o Aurélio violência é uma “qualidade de violento – em que se faz uso de força bruta”. O violento por sua vez é “contrário ao direito, à justiça”.

Independente do ser humano saber definir o significado, a extensão do problema e suas conseqüências diretas e indiretas; a violência passou a fazer parte da experiência humana após o pecado original – com o assassinato de Abel por Caim (seu irmão), de acordo com o relato em Gênesis 4:1–16.

A violência em seus variados aspectos – físicos, psicológicos e emocionais, está presente em todas as esferas da sociedade (independente de sexo, idade, cor da pele, nível social ou intelectual, religião, etc.). Geralmente as pessoas, evangélicas ou não, repetem que “a violência é a ausência de DEUS no coração do homem”.

Entretanto, mais que simples justificativas, é necessário compreender que por trás de cada ato de violência podemos encontrar uma série de fatores que de alguma forma contribuem para a existência de algo tão desumano e prejudicial a todos.

Por outro lado, a cada dia, a sociedade é “bombardeada” por numerosos casos de violência – através da mídia ou do comentário de amigos, parentes e conhecidos.

Certamente, é imprevisível os limites da violência porque, assim como está na “boca do povo” que o futebol é uma “caixinha de surpresas”, não é possível prever a ação ou reação humana diante das circunstâncias desta vida.

Cada pessoa poderá agir de uma forma diferente, diante do mesmo fato, num mesmo dia.

Contudo, uma coisa é certa: existiu uma pessoa nesse mundo que, demonstrou ser possível lidar com a violência de forma a não se deixar contaminar por seus efeitos nocivos: O Senhor Jesus Cristo de Nazaré.

Neste ponto do discurso, alguém poderá pensar: “eu sabia que ia terminar entrando na questão religiosa!”.

Resposta:

Acredito que a violência está acima de conceitos e princípios filosóficos, científicos, religiosos, etc.

Porque é algo que pode atingir qualquer um, independente de tempo e lugar.

Jesus Cristo de Nazaré soube lidar com a violência porque “ELE estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por intermédio DELE, e, sem ELE, nada do que foi feito se fez” (João 1:2–3). No conhecido Sermão da Montanha, no evangelho de Mateus, Jesus orientou sobre como se deve proceder diante de problemas que poderão resultar em atos de violência:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.

Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.

Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele à caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.

Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mateus 5:21–26).

Geralmente, a maior parte dos atos de violência é motivada porque as pessoas não aceitam ocupar uma posição de "inferioridade".

Há alguns anos, na cidade do Recife, aconteceu um crime banal:

“uma jovem matou o irmão por causa de um pedaço de pão”.

Segundo as estatísticas, é elevado o número de crimes por motivos banais (motivos triviais ou vulgares).

Quando se faz referência a motivos triviais ou vulgares, não queremos significar que algum fato justifique um delito.

Inclusive, a violência não se resume aos aspectos abordados neste discurso.

Conforme afirmado no início, a violência em seus variados aspectos – físicos, psicológicos e emocionais, está presente em todas as esferas da sociedade (independente de sexo, idade, cor da pele, nível social ou intelectual, religião, etc.).

Portanto, ao contrário do ser humano continuar demonstrando uma atitude de surpresa diante de tanta violência como se (a sociedade pós–superficial) fosse um ambiente saudável e fonte de justiça; necessário se faz que cada pessoa examine a si mesma e responda em pensamentos: "jamais farei algo que possa ser considerado como um ato de violência".

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 03/07/2008
Reeditado em 29/11/2008
Código do texto: T1063529
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