Desabafo: Estatuto da Criança e do Adolecente.

Durante muito tempo ouço um discurso bonito, cheio de boas intenções, e acredito ser realmente necessario, que crianças e adolecentes sejam protegidos de pessoas com má intenção.

Sou pai de dois adolescentes vivo separado e meus dois filhos moram comigo, o menino tem 12 anos e gosta muito de ficar na rua, mas é um bom garoto nunca envolveu com coisas erradas até agora.

outro dia me disse que queria trabalhar no primeiro momento disse não, mas depois pensei direito e vi que era melhor deixa-lo trabalhar do que ele ficar na rua sem ter o que fazer.

Vem as vezes uma indagação que talvez alguem possa querer me condenar por falar que meu filho gosta de ficar na rua e falar que a culpa é minha que como pai e responsável pela guarda eu tenho que arrumar alguem para ficar com eles, mas o mundo moderno exige que o casal trabalha, mesmo se tivesse alguem era muito dificil não deixa-lo sair durante o dia... por esse motivo entendendo que a vida tem que ser vivida e não cerciada é que tomei a decisão de deixa-lo trabalhar desde que a suas notas na escola não fossem prejudicadas.

Há quase 07 meses ele está trabalhando e na verdade ficou mais obediente tem sempre o seu dinheiro para comprar o que quiser e tambem melhorou na escola segundo os professores.

semana passada o conselho tutelar, o interceptou e perguntou para ele, quem o autorizou trabalhar e se alguem do conselho sabe que ele trabalha ele ficou apavorado, o medo dele é que o conselho pode falar que eu como pai dele não posso ficar com a sua guarda e entrega-lo para sua mãe.

A amizade e confiança entre nós é grande ao me contar procurei o conselho para explicar a situação e fui orientado a fazer este documento para mostrar como é o pai do Raphaell.

Minha indignação é a seguinte: enquanto muitas crianças fazem coisas erradas fumam e bebem nas praças de Anicuns, o abordado pelo conselho é o trabalhador? é preciso que as leis sejem cumpridas o adolecente precisa de dinheiro para iniciar suas relaçoes de convivencia com outros adolecentes, os pais nem sempre tem condições de dar dinheiro aos filhos pois no meu caso o salario é controlado.

O meu objetivo é fazer com que meus filhos façam uma faculdade, não depois que tiver mais de trinta anos como eu fiz mas aos 17 anos, para que assim possam ter tempo de adaptar as necessidades do mercado trabalhista.

Encerro esse desabafo querendo pedir não pelos meus filhos mas para os filhos da nossa cidade peço que as autoridades façam trabalhos de cidadãos ajudando os pais a cuidaderem dos filhos e não reprimindo os poucos filhos que tem atitude e vontade de ser alguem na vida, pois imaginop que se fosse eu que estivesse trabalhando e alguem vir me proibir ou questionar devido a uma lei "estatuto da Criança", eu pensaria que essa lei está errada porque trabalhar é crescer junto com o pais, o que não pode acontecer é a exploração da criança e do adolecente.