AS CONSEQÜÊNCIAS DAS DROGAS

TÍTULO ORIGINAL: POR QUE FALAR DE DROGAS?

Visando uma prevenção a favor das futuras condições de saúde física, psicológica e social das crianças e adolescentes, houve por bem falar deste assunto no livro “Iniciação às Drogas e suas Conseqüências”. Droga, nesta obra, é a substância que pode levar o usuário à dependência e trazer-lhe danos sociais, legais e, até mesmo, colocá-lo em risco de vida. Esclarecer sobre as drogas significa também prevenir, transmitindo conhecimentos e valores.

Clinicamente, a dependência ou vício das drogas (substâncias psicoativas) é considerada uma doença crônica e apresenta um quadro médico bem definido, diagnosticado por uma série de sintomas, com prejuízos e comprometimento físico e psicológico, quando o indivíduo perde parcialmente ou totalmente a capacidade de controlar ssua vontade de uso da droga, ou seja, o seu uso passa a assumir uma importância fundamental para o indivíduo, tornando-se uma necessidade, de forma a fazer parte de sua rotina de vida, escravizando-o.

Quimicamente, para entender a ação das drogas, é preciso conhecer o funcionamento dos neurônios. Eles são divididos em duas partes principais: o núcleo - que traz terminações em sua volta, chamadas dentritos - e os axônios – visualizados como uma cauda. Os neurônios nunca se tocam, havendo um espaço vago entre eles, chamado sinapse. O cérebro funciona por impulsos elétricos vindos da comunicação entre neurônios, quando um neurônio libera, através dos axônios, seus neurotransmissores para dentro da sinapse e os dentritos de outro neurônio os capturam, o que funciona como um correio do sistema nervoso, em que um neurônio captura as mensagens do outro. As drogas podem estimular, inibir e/ou substituir os neurotransmissores, agindo diretamente sobre o comportamento do usuário, que vai, gradativamente, perdendo o controle de suas ações conforme a dosagem e o tempo de uso, tornando-se uma pessoa diferente, muitas vezes, desconhecida da que era antes do vício.

A figura do viciado num ente amado, cada vez mais, atormenta o coração dos familiares, quer seja por uso de drogas ilegais ou por uso de substâncias apenas consideradas drogas quando há abuso de consumo e/ou uso indevido, como ver-se-á adiante. Fato é que leva o indivíduo, além dos efeitos próprios, à desordem de forma social na família, na escola, no trabalho, muitas vezes, levando à criminalidade.

O ditado é melhor prevenir do que remediar se aplica neste caso, uma vez que os resultados dos tratamentos mais freqüentemente citados, não falam de cura, mas apenas da redução do consumo das substâncias e a decorrente, menor participação do viciado em comportamentos ilícitos, associados direta e indiretamente ao uso das drogas, não raramente, com recaídas periódicas. Pode-se alcançar a cura total, mas, deve-se alertar, que é difícil de acontecer. Necessita de uma força de vontade muito grande por parte do usuário, além do apoio da família e do tratamento.

Desta forma, esse trabalho tenta cumprir o papel preventivo, informando sobre os males e possíveis conseqüências do uso da droga, objetivando proteger a criança e o adolescente, que, no seu fascínio por experiências novas, possam querê-la experimentar e também dar à família condições de detectar seu uso no início, quando o indivíduo ainda não está viciado. Salienta-se que os efeitos de cada droga, colocados no livro, para diagnóstico, apresentam variantes provocadas, principalmente, pelo tempo de uso, dosagem usada, idade do usuário e resistência do organismo.

* Quem se interessar pela obra e/ou pelo trabalho que pode ser feito a partir dela, entre em contato!

* Leia também aqui, o texto inédito: "Paco, a Mais Letal de Todas as Drogas" & "Iniciação às Drogas e suas Conseqüências", ambos também são parte do livro "Iniciação às Drogas e suas Conseqüências", que traz vasta referência bibliográfica sobre o assunto.

BORGES, Cordeiro. & CRUZ, Ana da. Por que falar de drogas? (Discurso) In Iniciação às Drogas e suas Conseqüências. 3ª edição. Belo Horizonte: Fumarc, 2008. RGBN 433839

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Ana da Cruz
Enviado por Ana da Cruz em 31/10/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1257376
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