SOBRE RELIGIÃO

Temos em vista a necessidade de falar um pouco sobre religião como manifestação prática da crença na existência de um ser superior (sobrenatural), que consideramos O único e verdadeiro DEUS revelado pelas Escrituras Sagradas, “pela doutrina e ritual próprios” (conforme definições no Aurélio).

A necessidade de falar um pouco sobre religião se dá, porque as pessoas com quem temos contato, geralmente, desejam respostas para algumas questões, como por exemplo: qual a religião que salva. Inclusive, acreditamos que a rejeição à religião (presente no seio da sociedade), se dá muito mais em virtude da religiosidade de alguns que em função da religião em si.

Na condição de teólogo temos evitado polemizar o assunto porque, ao contrário de ajudar promove um maior afastamento entre as pessoas de pensamento antagônico (sobre essa questão). Compreendemos em primeiro lugar que, a religião em si, envolve um grande dogma e, os dogmas jamais deixarão de serem “pontos indiscutíveis de qualquer doutrina ou sistema doutrinário” – cada pessoa tem o direito de crer, de aceitar pela fé os princípios doutrinários que professa, inclusive, terá o direito de exercer sua religião sem interferências externa.

Em outras palavras; da mesma forma que alguém acredita na existência de DEUS sem poder apresentar evidências materiais; será impossível apresentar evidências materiais de sua inexistência. Assim, a maioria das questões polêmicas sobre a religião de fulano ou de sicrano, demonstra falta de bom senso porque, sendo dogmáticas, as questões ligadas à religião, não se deve impô-las, mas, vivenciá-las na vida teórica e prática, de cunho individual.

Em nossa região e, em nosso país, existem inúmeras formas, nem sempre corretas, designar a religião de alguém:

Considerando que, somos herança da colônia portuguesa que tinha como meta impor a religião cristã, através do credo doutrinário da Igreja Católica Apostólica Romana – Religião oficial da coroa portuguesa; nos habituamos ao pensamento “engessado”, segundo o qual, não pertencer a religião oficial era ser herege, sem que se apresentasse o significado do termo e seus derivados.

Ao mesmo tempo, participar de outros segmentos do Cristianismo era visto com deboche: “Fulano virou crente”; “beltrano passou pra lei dos crentes”, etc.

Ou tentar justificar a não opção por outra forma de expressão religiosa: “Nasci nessa religião e vou morrer nela”; “A religião certa é essa”, etc.

Assim, falando um pouco sobre religião, em qualquer tempo e lugar, deverá incluir a possibilidade de ampliar a mente em busca de compreender que o sobrenatural é parte da existência humana e, evitar o assunto significa frear a capacidade natural do ser humano de crescimento interior; especialmente, achar que DEUS, A Bíblia, etc. é coisa de quem não tem o que fazer do precioso tempo.

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 16/12/2008
Reeditado em 16/12/2008
Código do texto: T1339092
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