Estava eu á pensar, sobre distanciamento, ao ler um artigo que falava sobre sermos pro - ativo em um distanciamento saudável... Sempre pensei que todo e qualquer tipo de distanciamento não fosse saudável, mais sim dolorido e angustiante pra quem sente a distancia de alguém que se gosta ou de uma situação onde envolve sentimento sincero, mais lendo atentamente encontrei uma frase: “... Não queremos romper nossos vínculos, mais harmonizá-los...” - Dá pra harmonizá-los???

Mais deixando a emoção de lado e colocando a razão pra funcionar, percebi que dá sim... Falando um pouco de amizades distantes, que hoje, tenho várias e algumas bem sinceras e cheia de realismo onde às vezes parecem está tão próximos...

Mas pensando, amizade entre pessoas, quando verdadeira o distanciamento sempre existe, talvez seja esse distanciamento que os aproxima de um modo puro e verdadeiro.
Quando surge uma oportunidade de crescimento para o amigo e somos participados dessa felicidade, é natural que sentimento de incentivo cresça, mesmo tendo a consciência de que isso irá nos distanciar ainda mais.

Percebi que distanciar, não é esquecer... Mais sim, apreciar as diferenças, como personalidade ou alguma situação vivida ou imposta pela vida. No entanto, cultivar este espírito de eqüidistância num relacionamento entre amigos é bem mais fácil do que numa parceria amorosa ou na relação entre sócios. Afinal, o relacionamento de parceria cresce à medida que aumentamos o sentido de cooperar, de estar aliado ao outro.

Como parceiros, necessitamos do outro perto de nós, justamente porque na área em que atuamos juntos é preciso somar forças ao invés de prosseguirmos sozinhos. Enquanto parceiros têm que aprender a ceder, isto é, a abrir espaço para incluir o outro em nossa vida. Para tanto, precisamos frear o impulso costumeiro de agir isoladamente. Porém, Perdemos a habilidade tanto de nos aproximarmos como de nos distanciarmos adequadamente. Quando sentimos demais as dores alheias, perdemos nosso eixo de equilíbrio e bom senso. Sentir empatia por alguém não significa perder-se nele.

Quando ao distanciamento relacionado no campo afetivo, percebi e sempre concordei com essa idéia e medo de não sufocar o outro com nosso amor, idéias e esperanças é um desafio que exige contínua vigilância. Acredito que um dos segredos para mantermos um distanciamento saudável, sem nos desligarmos afetivamente do outro, consiste em reconhecermos se estamos vivendo mais a vida dele do que a nossa própria, mais neste caso não depende de um querer, mais sim dos dois.

Quando se gosta de verdade as vezes é valido se distanciar... Mais deixando claro o que ainda ficou.. Pois distanciar é bem diferente do que calar ou silenciar... Já falei sobre isso em outro artigo, e vejo que esse aqui a completa.

Agora, quando os projetos de vida não incluem as nossas ambições, ou simplesmente quando o desejo do outro por nós é que passa a definir o grau de atração que sentimos aí percebemos que não há mais limites em haver um distanciamento saudável! Pois neste caso já entra outro assunto, a co-dependência que a meu ver, é quando nos afastamos de nós mesmos e deixamos de sermos autênticos!

Infelizmente, muitas vezes escondemos nossa insegurança numa postura orgulhosa. Nestes momentos, em geral temos dificuldade em perceber o quanto nos tornamos antipáticos! Pensamos expressar para o outro segurança e autoconfiança, mas ele já percebeu e se afastou, porque nos tornamos cada vez mais arrogantes. Não precisamos nos colocar acima nem abaixo dos outros para nos validarmos.

Neste mesmo artigo que lia, existia uma definição clara e verdadeira sobre o distanciamento, que dizia que poderíamos compará-la ao fogo onde: “... se nos aproximarmos demais iremos nos queimar, mas se nos distanciarmos muito iremos sentir frios e solidão...”

Finalmente, aprendemos a reconhecer o distanciamento saudável e assim sentimos a presença do outro como o calor do fogo que nos entusiasma a estar juntos!

Então, se distanciar é bom... Mais com certeza, apenas uma palavra de conformo ou de que esta tudo bem é melhor ainda...

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 05/01/2009
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T1367894
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