A RELIGIOSIDADE SAUDÁVEL
A religião é inerente ao ser humano.
Nos seminários teológicos, denominacionais, se aprende que a palavra religião significa re-ligação entre o indivíduo (imperfeito) e o ser sobrenatural onipotente (perfeito), motivo de sua devoção.
A constituição brasileira garante liberdade de fé religiosa a cada ser humano que aqui reside.
A palavra religiosidade tem a ver com o exercício da fé religiosa por cada um que, de livre e espontânea vontade, deseja expressar a sua devoção no ser (ou seres), motivo de sua fé.
A religiosidade saudável acontece quanto eu tenho liberdade de cultivar minha religiosidade (por opção pessoal) ao mesmo tempo em que não tenho o direito de impor minhas crenças ao próximo, e vice-versa.
A religiosidade saudável acontece, a partir do momento em que, tenho o direito de declarar perante as outras pessoas o objeto da minha fé e o quanto isso me faz bem, sem com isso, forçar a barra para que outros abracem o motivo pelo qual creio.
É necessário buscar construir uma religiosidade saudável porque, da mesma forma que alguns religiosos querem impor suas “convicções”; existem (também) alguns anti-religiosos querendo impor sua falta de fé, ironizando quem assumiu (por convicção) uma fé religiosa. Tais pessoas são tão prejudiciais e insensatas quanto às primeiras.
Quando falamos sobre religiosidade saudável, temos em vista tanto as primeiras quanto as segundas pessoas a que fizemos referência.
O discurso em questão é aplicado em primeiro lugar ao seu autor, com o intuito de mantê-lo afastado do primeiro grupo; ao mesmo tempo em que, declara o seu direito de falar sobre o motivo de sua fé.
Se alguém se mostra tão fervoroso em relação ao seu time de futebol (por exemplo) tem o direito constitucional de declarar isso de forma particular ou pública. Porque quem tem convicção de sua fé religiosa deveria evitar fazer isso em público???
Seriam dois pesos e duas medidas???