CONHECIMENTO E COMPREENSÃO...
Certa vez o peão da fazenda chega diante do patrão que, era um desses sertanejos “machos pra encardir” (o funda da calça) e perguntou:
“Patrão, porque a vaca comendo capim, semelhantemente a cabra, expele um resíduo tão diferente...”
– Evidentemente, quem conhece o contexto rural, sabe que entre o esterco das espécies, existe uma grande diferença.
O patrão não sabia; querendo manter o status de “sabichão”, interroga:
“Você sabe como se faz uma bomba atômica...”
O peão não sabia e o patrão emenda:
“Se você ainda não entende isso, porque entenderia de fezes...”
Essa história tem muito de ironia mas, ilustra o momento atual:
Somos cidadãos do terceiro milênio,
nossa sociedade alcançou um dos derradeiros degraus do conhecimento e,
Assim como (muitas vezes) nos encontramos diante da ignorância intelectual sobre coisas simples;
É possível perceber que, falta diplomacia nas relações humanas...
Pensando bem, é como se a capacidade de raciocinar houvesse sido anulada na espécie humana porque,
entre outras marcas, alcançamos (também) o cume do analfabetismo em termos de relações humanas.
Coisas simples como:
“Me desculpe”; “Por favor”; “Não sei”; “Também preciso entender”; etc.
Encontram-se fora de uso, fora de moda, ou seja lá que nome tenha...
Sem falar nas barreiras entre Jovens, Adultos e Pessoas da Terceira Idade; Ricos e Pobres; Cor da Pele, Procedência Religiosa, etc...
Em conseqüência do analfabetismo racional – incapacidade de pensar além do que está diante de si, diferenças culturais foram transformadas em “dogmas” e, na sociedade pós–moderna, corremos o sério risco de ser detido e responder um processo por preconceito, pelo simples fato que é impossível conhecer todos os detalhes em termos de comunicação
Nem sempre o que falo em minha região e o que é entendido além de suas fronteiras... Significam a mesma coisa...
Ainda não foi (devidamente) assimilado (na geração atual) que, antes de compreender alguma coisa, é necessário haver o conhecimento tanto sobre a coisa em si, quanto sobre sua história...
Algum leitor poderia dizer:
“Mas, assim vamos parar o mundo, até que todos estejam no mesmo nível...”.
Certamente, não é nossa intenção propor tal coisa...
O que estamos falando é que a sociedade pós–moderna habituou-se a pré-julgar (pessoas, lugares, coisas) sem conhecimento de causa...
Quando CONHECIMENTO E COMPREENSÃO sempre estiveram inter-relacionados...