A MENTE não é um SÓTÃO ...

Um dos problemas que em muito atrapalha as relações humanas, através do tempo, são as raízes de amargura... Tem muita gente (nas esquinas da vida) fazendo de conta que a mente pode funcionar como uma espécie de sótão, onde se pode guardar de tudo um pouco, especialmente a recordação de acontecimentos que não edificam...

Antigamente as casas eram construídas com uma espécie de: Espaço vazio na armação do telhado, que servia de depósito (Aurélio); Onde ficavam esquecidos os objetos e utensílios que a pessoa não queria manter diante dos olhos de quem estivesse (ou entrasse) naquela casa.

Certa vez existia uma pessoa da opinião que temos telhados de vidro e não podemos expô-lo aos outros para que não atirem pedras que poderão quebrar – Essa pessoa mantinha uma espécie de ódio contra outra, por conta do passado de ambas. Agora, imaginemos uma nação com dezenas de milhões de habitantes, onde a maioria guarda (na memória), alguma espécie de lembrança ruim, usando-a pra usufruir benefícios - Como o mendigo que não deseja tratar certa enfermidade que lhe garante a piedade popular...

DEUS trabalha de forma a evitar que o ser humano transforme sua mente numa espécie de sótão.

Em primeiro lugar, ao criar o primeiro casal, que originou os demais seres humanos, ELE deu uma orientação válida, independente do tempo e do espaço:

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2:17) - Morte como separação da presença.

Em segundo lugar, após a desobediência original (pecado), o primeiro casal procedeu (em relação ao CRIADOR) de uma forma emocional (ainda hoje) presente em nossas ações, reações ou interações:

Quando ouviram a voz do SENHOR DEUS, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR DEUS, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.

E chamou o SENHOR DEUS ao homem e lhe perguntou: Onde estás?

Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi (Gênesis 3:8–10).

Em terceiro lugar, antes do primeiro homicídio (morte de uma pessoa praticada por outrem, assassinato – Aurélio), DEUS conversou com Caim:

Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?

Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo (Gênesis 4:6–7).

Conforme o costume que foi sendo (pouco a pouco) enxertado na mente, o ser humano seleciona (em seu dia-a-dia), entre os acontecimentos, o que irá resolver ou não, deixando no sótão da mente (também) coisas que deveriam ser tratadas ou mesmo descartadas.

Imagine um médico falando pro paciente, após o resultado da autópsia: Olha, tal célula é cancerosa; Mas, a gente pode deixa–la EM QUARENTENA enquanto você decide o que deve ser feito...

Assim, desperdiçamos o precioso tempo, discutindo o sexo dos anjos, enquanto o sótão na mente vai ficando empanturrado de coisas desnecessárias...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 03/10/2009
Reeditado em 03/10/2009
Código do texto: T1845281
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