Sobre as flores...
Flores de um pacote indefinido, que fazem pelo seu charme a própria embalagem.
Quase ninguém interpreta a verdadeira intenção das flores. Elas também têm a sua individualidade, e não vivem para nos encantar.
O seu perfume se esvai aos poucos e quase ninguém interpreta a sua morte prematura como um pedido de terra, um pedido de um carinho que os nossos olhos, vasos e nossas ikebanas não podem dar.
As flores vivem para a terra e para o sol, apenas.
Nós é que decidimos viver para as flores, ou melhor, para o seu perfume. Elas ficam tristes longe das amigas flores, e nós nos aprisionamos na própria tristeza, longe de nós mesmos.