Exatamente aqui me despeço de ti, eu sendo a água e tu a pedra... Durante muitos dias, meses exatos um ano eu vim batendo em teu coração de pedra na esperança de moldá-lo ao meu ideal de amor, tempo perdido, água desperdiçada... A dura pedra que se mostra intacta sem nenhuma cavidade questionada. A rocha permanece lá totalmente inteira para si mesmo, a pedra foi esculpida para adornar somente um corpo sem espaço para outro, pelo menos não por muito tempo.

A liberdade que por quem a pedra se move se chama vento... Que de sopro em sopro não fura a pedra, mas a arrasta para um novo lugar e assim, por alguns dias, meses e anos a pedra fica segurando a porta que abriu chamada “desejo” até o aro do dia-a-dia cair e sobrar somente às porcas e os parafusos caidos no chão, que a água leva... Nesse momento vem a loucura, a fúria em solidificação com tamanha brutalidade sufocando a pedra, batendo, desviando-se, cobrindo, afogando-a

                   E pra quê amiga água?
 
A água espalhou-se por km e km de distancia de si mesmo, o vento soprou soprou e as gotas de água continuaram ali, imóveis sob a pedra e o restante já sem forças para se encontrar e formar um novo vendaval a tentar furar a pedra... Nessa insistência e perseverança a água secou pelos dias, meses de seca de palavras, de carinho, de verdades... A pedra por ser bruta esconde suas mentiras onde a verdade poderá ser esculpidas mostrando a sua essência... Por outro lado a água por ser límpida e corrente... Corre e busca lavar o melhor de qualquer coisa e ou qualquer ser... A água é valentia de querer ser absorvida entre as pedras e adornar um caminho que vai e vem sem a intenção de empurrá-las para outro lugar... Mais de encontrar um caminho sem dor, cheia de respeito a preencher os espaços quando a forte chuva ou na maré cheia a água possa bater nas pedras e não furá-las mais contorná-las e acariciá-las e assim no vai e vem se molda a persistência da verdade e então se cria um novo caminho...

                        
 
PS: A água é a verdade, a pedra a mentira... a água o bate na tentativa de purificá-lo e fazer entre as pedras o caminho dos fatos reais, sem alterar os percursos... Mais no intuito de na perseverança entender a dureza com que esconde os fatos tão fáceis de serem furados pela calma e paciência do tempo ou da próxima água que bate na tentativa de moldar a mesma pedra bruta...



<<< Minha interpretação da frase: "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!" Pra você........ Afinal, não poderia ir embora sem antes lhe deixar essa resposta, cujo qual tu achas não ter o menor sentindo... Não posso crêr que tu não saiba o que é perserverança, por tudo ou o pouco que sei de ti.... Saibas então, que com isso me ensinaste a não ser mais água... Mais a virá pedra...Beijos doces....>>>>>>>>>>>

01/11/2009 - 00:45hs.
Porto dias - Belém - Pa
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 01/11/2009
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T1898630
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