PROIBI-NÃO

               A Bíblia diz assim:

               "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (João 8.32)

               Nossos jovens estão presos ao consumo, aos vícios, ao sexo deliberado, e, no entanto, tão pouco conhecem sobre tais assuntos. Muitas meninas já estão gravidas, mas não sabem o significado da palavra "orgasmo", por exemplo. Os usuários de crack não sabem dizer por quais componentes químicos sua droga é formada ou os usuários de maconha descrever o fenômeno químico-biológico que ocorre em seu corpo para que tenha aquela sensação de maresia. Da mesma maneira, nossa sociedade é alienada quanto ao consumo e até mesmo a visão política. Ao sensurarem, impedem a manifestação do conhecimento, do pensamento, e fazem com que os jovens, alienados lidem com esses assuntos apenas no nível da carne, instinto, e não com a mente, através da reflexão.
               A falta de conhecimento leva à prisão. Os antigos dizem que "quem nunca comeu melado, quando come se lambusa".
               Proibir é educar? Até quando você, educador, estará aqui para dizer ao seu educando o que pode e o que não pode, o que é bom e o que não é? Seu educando, ao se ver sem você, saberá fazer essas escolhas? Você o ensinou a pensar sobre esses assuntos? Sem você para conduzi-lo, o que ele passará a pensar sobre esses "assuntos proibidos"? Será que o pensamento que ele tem sobre o que se pode ou não conhecer, pensar e estudar, condiz com o as escolhas do mesmo do que se deve ou não fazer? Ou será que seus educandos deixaram de conhecer na teoria o que já praticam? Será que se houvesse a compreensão teórica, a pratica ainda teria sido precoce? 
               Educar não é mostrar o caminho, mas ensinar a buscá-lo, pois o conhecimento deve ter o mesmo sabor de um tesouro a ser conquistado.