PENSAR, PENSAR, PENSAR quantas vezes seja necessário ...

Algumas vezes nos encontramos como se desnorteados e, em momentos assim, podemos ser assaltados por dúvidas, falta de convicção, ou coisas que tentam nos colocar pra baixo...

Mas, não devemos perder de vista a meta por alcançar, segundo a qual somos autores e atores em nossa própria geração e, assim, esperar (juntamente com outras pessoas), a construção de uma sociedade menos desumana onde impere o que seja melhor pra o conjunto da sociedade...

Quando temos em vista esse melhor à sociedade como um todo, temos em vista princípios, conceitos e valores que tenham a ver com a liberdade de expressão, igualdade de direitos e de oportunidades e, especialmente a capacidade de respeitarmos as diferenças de opinião ou opiniões contrárias a nossa forma de ser e de pensar...

Sempre quando olho pra DEUS, vejo alguém que deseja que eu seja assim; Em outras palavras, olhando o exemplo de JESUS, vejo alguém que tinha propósitos bem definidos, mas que sabia olhar pra outras pessoas, dando–lhes chance de continuar sendo elas mesmas (se assim elas quisessem) muito embora ELE apresentasse o padrão adequado...

PORQUE, estamos dizendo isso???

Simplesmente porque, algumas vezes insistimos com essa idéia e outras pessoas possam pensar que estaríamos blefando (ou coisa parecida)...

Suponhamos que, em termos espirituais, eu fale o que entendo por DEUS, fé, etc... Ao mesmo tempo que facilita a compreensão de quem sou e o que pretendo com o texto, pode levar pessoas que pensem de forma contrária a apresentar seus pressupostos querendo impô–los como padrão inflexível...

A essa altura, algum leitor poderia dizer que estamos exagerando...

Pode parecer, mas pense no caso de publicar algum texto falando sobre fervor religioso e suas conseqüências positivas ou negativas... No sentido de melhor entendimento sobre o assunto: Quem for religioso poderá achar um bom assunto enquanto quem tenha traumas religiosos poderá apresentar argumentos que estaria correto, inclusive argumentando que a religião seria como uma droga pra o povo (massa alienada), uma espécie de “problema estrutural, crônico, grotesco, em que as pessoas de forma voluntária (ou involuntária), terminam pondo seus pontos de vista, quase sempre em forma de imposição, terminando por aniquilar a diversidade e o convívio pacífico”... Sem perceber que usando o mesmo padrão, posso me sentir induzido a deixar de lado meus pressupostos, segundo os quais, vejo sentido em DEUS, na BÍBLIA, na religião...

Inclusive, algumas pessoas traumatizadas com certas formas religiosas, revoltadas acham que faz sentido o conceito segundo o qual, “Deus não fez os homens a sua imagem e semelhança... Os homens, sim, fizeram deus a sua imagem e semelhança”. Esse e outros conceitos estão em vigência na sociedade pós – superficial e, usando o método de JESUS, nada devemos fazer pra impedi–los; Afinal, cada pessoa deve ter o direito de concordar com a Bíblia (ou discordar dela), sabendo que em ambos os casos haverá conseqüências...

Suponhamos que, você leia algum conceito como o abaixo, extraído de uma opinião intelectual...

“Eis o problema: as pessoas não buscam se conhecer. Depositam essa tarefa, confortavelmente, em instituições que determinam o que devem fazer. Nasce, então, a intolerância. As religiões, assim, terminam sendo ‘cegos’ guiando outros ‘cegos’ ".

Questionamentos, segundo o meu achômetro:

O que significa buscar se conhecer???

Será que todas as instituições seriam nocivas???

Poderíamos ver alguma coisa de positivo ou benéfico nos adversários???

A intolerância seria algo restrito à religiosidade popular???

Será que a religião sempre contém um conjunto de cegos guiando outros cegos???

A relação poderia ser bem maior, mas estamos considerando apenas o que está explícito no texto a que nos referimos...

Geralmente as pessoas revoltadas com a religião ou contrárias a essa legítima forma de expressão... Argumentam que o fervor religioso seria fanatismo ou algo mais prejudicial... MAS, cá entre nós, será que não seria possível termos a religiosidade de forma saudável???

Entendemos que todo extremo seja perigoso, inclusive o extremo religioso espiritual... Mas, é preciso analisar o que seja fervor ou frieza espiritual antes de dizer que é algo completamente negativo...

Muitas vezes o padrão com que se avalia isso é questionável... Por exemplo: Pessoas com aversão às coisas religiosas pode considerar excesso qualquer coisa que não esteja de acordo com sua forma de ver o mundo, a vida, os lugares, outras pessoas, etc... Assim como, diante de algum adepto de denominações o inverso será o correto...

Entendemos que não seja possível analisar o mundo, os lugares, outras pessoas, a partir (somente de) pressupostos pessoais...

Temos muitos séculos de história... E, quando se parte somente de pressupostos pessoais (mesmo quando se trate de outras áreas na vida), é possível partir pra extremos...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 05/05/2010
Código do texto: T2238472
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