PALESTRA: NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS

João, 14: 1-3

Não se turbe o vosso coração. Vós acreditais em Deus. Acreditai também em mim. Há muitas moradas na cada de meu Pai. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos um lugar. Depois que eu for e vos preparar um lugar, voltarei novamente e vos tomarei comigo, para que também vós estejais lá onde eu estou. E para ir onde eu vou, vós conheceis o caminho.

“Senhor, disse-lhe Tomé, não sabemos para onde ides. E como podemos conhecer o caminho”?

Disse-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”.

Os Quatro Evangelho pág. 457 (Pe. Lincoln Ramos)

Estas palavras de consolação foram faladas na véspera do dia em que Jesus e seus discípulos se viram na mais profunda trevas a que o Universo jamais assistiu, ou pode ver. Doravante não deve recear quaisquer trevas, porque tem a certeza de que estas palavras serão uma consolação infalível para uma doença antiga e comum a todos os homens, a tribulação do coração. É uma receita de sete elementos.

Jesus não tinha casa no mundo. Nós, também, não temos aqui cidade permanente. Não se turbe o nosso coração, porque temos de morar numa cabana durante a “nossa transitória vida neste mundo, pois vamos passar a eternidade, participar da alegria e felicidade, os anjos, das bem-aventuranças.

Num dos grandes lagos entre os Estados unidos e o Canadá um rebocador naufragou durante um grande temporal. O comandante os homens da tripulação passaram a noite inteira num bote salva-vidas. Testificaram, depois de salvos por um navio, que fracassaram na prolongada luta contra a morte, porque foram inspirados pelas luzes das suas próprias casas, na praia. Vendo essas luzes brilhando constantemente, através das espessas trevas da noite, lembraram-se vividamente dos queridos acordados e ansiosamente os esperando. Nós, também, estamos num mar tempestuoso e o nosso barco é muito frágil. Às vezes as ondas batem com tanta força.

Se me amardes, guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.

O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós conhecereis, porque habita convosco, e estará em vós.

Mas aquele Consolador. O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

Para Espírito Santo devemos entender os Espíritos bons, quaisquer que sejam o grau de elevação que hajam alcançado e a categoria a que pertençam na hierarquia espírita.

A má inspiração ou a má comunicação não pode provir de um bom Espírito. Estas, quando não são bastante elevadas para nos dar luz e verdade na medida que passamos ou devemos receber e suportar, tem a ampará-los e auxiliá-los Espíritos mais elevados e que, o seu turno, se preciso for, receberão amparo e auxílios dos Espíritos superiores, vindo de Deus por intermédio dos puros Espíritos superiores, segundo a escala hierarquia. É assim que vindo de Deus por intermédio dos puros Espíritos, que dele o receberam diretamente, a inspiração vós é transmitida através duma escala descendente.

O erro e a mentira, tendo por fim enganar os homens são apanágio exclusivo dos Espíritos maus, dos Espíritos inferiores, Espíritos das trevas.

CONHECE-TE A TI MESMO

Já sabemos que estamos encarnados para aprender alguma coisa nova e para corrigir as imperfeições de nosso caráter.

É corrigindo o nosso caráter que limparemos o nosso perispírito das manchas que se acumularam nele.

A melhor maneira de corrigimos nossas imperfeições é fazendo um cuidadoso estudo de nós mesmos.

- Conhece-te a ti mesmo, disse Sócrates, que foi um luminoso espírito que veio à Terra há muitos séculos passados.

CONSOLADOR

O Consolador não traz nenhuma mensagem determinada, nenhuma comunicação ou embaixada que se possa traduzir em linguagem terrena. Ele impregna o coração humano daquela pureza que lhe é própria: empresta-lhe algo de sua elevação do seu bem, de sua beleza; concede-lhe uma parte de sua luz, de seu brilho, de seu esplendor; prodigaliza-se um tanto daquela paz que só se desfruta nos tabernáculos eternos, daquela doçura que só se frui no Céu.

Ao influxo desse ósculo divino, o nosso coração e a nossa vontade despertam e vibram para a conquista da vida eterna, ideal esse que encerra, em espírito e verdade, a redenção das nossas almas.

AS VIRTUDES DO CÉU

Espírito Santo, Consolador, Paracleto, Espírito da Verdade, que significam tais de denominações? Representam uma só entidade? Ou tantas entidades quantas enunciam?

No meio dessa aparente confusão há sabedoria. Se Jesus se reportasse a uma determinada individualidade, prometendo enviá-la após sua partida do cenário humano, referir-se-ia naturalmente a essa entidade sob uma única designação. Como, porém, o Mestre aludia à plêiade dos “Espíritos do Senhor, que são as virtudes do Céu”, usou de várias expressões, dando assim a entender tratar-se duma coletividade, e não duma individualidade.

Jesus empregou quatro designações no singular, ao invés duma só no plural, para nos ensinar também que entre os Espíritos do Senhor reina perfeita comunhão de sentimentos e de idéias, de modo que o conjunto deles forma uma unidade. Assim se aclara, a seu turno, esta outra asserção do excelso Mestre: “Pai, quero que eles (os apóstolos) sejam um em mim, como eu sou um contigo”.

Eu sou o caminho (v.6): Jesus não é somente o Guia Mestre, e Quem deu a lei, como Moisés. Ele mesmo é a porta, a escada. É mais do que exemplo, é mais do que aquele que mostra o caminho. Ele é o Caminho. Quando estamos nEle, estamos no caminho, Rom. 8.1; II Cor. 5.17.

Eu sou ... a verdade (v. 6): O mundo com sua ciência, literatura e civilização sem Cristo, é a maior falsidade que conhecemos, porque é justamente ele que engana o maior número de pessoas e as leva à perdição mais lastimosa de todas.

Eu sou... a vida (v. ¨): os mais vivos e estimados dentre os atletas, escritores, cientistas, inventores, governadores, etc. estão mortos enquanto vivem se não tiverem Jesus, I Tim. 5.6 isto é bem claro na hora da morte. Não devemos imitar a vida deles, e nem adorá-los, como a multidão o faz. Espada Cortante págs. 460, 463 – (O. S. Boyer)

O coração dos Apóstolos perturbava-se, porque Jesus havia feito três anúncios constrangedores:

1) – um deles ia traí-lo;

2) – seu discípulo mais intrépido ia negá-lo;

3) – Ele mesmo ia desaparecer do seu meio físico.

ESPERANÇA DOS DISCÍPULOS

É que os discípulos tinham abandonado tudo e concentrado todas as suas esperanças no amado Senhor, na expectativa de que ele restaurasse o reino de Israel, mas diante das notícias sentiu que seus planos estavam para falhar.

Então chegando a hora de seu regresso ao plano espiritual. Jesus disse aos seus discípulos:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: pois vou preparar-vos lugar.

E depois que eu for e vos aparelhar o lugar, voltarei outra vez e vos tomarei comigo, para que, onde eu estiver, estejais também”. (João 14: 1-4).

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 18/11/2010
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