Mãos aos céus.

Começa quando desejamos que comece. Posso criar e recriar dentro de meu tempo, o qual apenas eu posso passar. Se quiser, terei comigo mesmo quando criança, ou brincarei de atirar pedras em um rio quando bem idoso estiver... Mas, independente de onde eu me encontrar, o que quero entender é o momento em si; o mundo em que aquela situação pode me levar, a desejos, a estados, estudos, estrelas... Se um dia tive com um menino um amigo, este me ensinou a flertar. Já tive meu eu paupérrimo, e a riqueza desta pessoa; passei pelas dificuldades com sorrisos e lágrimas, normais e sinceras, mas nada que pudesse me deixar a ponto de desejar o que não tive, porém, apenas quis que aqueles ao meu redor entendessem que carente sempre serei e sou. Vivi de esperanças e anseios, acho que este é o motivo pelo qual nossas vidas sempre tendem a pensar no futuro, deixando o presente em segundo plano. Nossos atos são Passado, o Presente está em nossas consciências e o Futuro, são resoluções das escolhas que tivemos anteriormente. Assim, somos únicos em relação ao muito, mas muitos em relação ao Outro único. Busquei entender o porquê de vidas tão simples solidificarem relações que um dia viriam a mostrar seu real valor; consolidar a pura natureza do ser humano... Vejo-me em um caminho onde olho para o céu e compreendo o mundo lá em cima, onde sou puxado sempre para frente para realizar feitos os quais podem depender de minha vontade ou não, ao meu lado existem muitas pessoas, prostradas como árvores que perdem suas folhas e sobre mim caem; em frente continuo com todos os anseios por viver e sentir o aroma que essa vida me proporciona. O acerto de cada um é aprender a desfrutar de cada “viver” existente no tempo... Nos próprios tempos.