Sociedade dita brasileira

O garoto corre, aperta sorridente a mão do candidato a Deputado Federal, sai de cena como se estivesse ganhando alguns minutos pela eternidade; a reação do candidato é um pouco contrária, nem faz vista grossa aos outros centenas de eleitores fixos na multidão, virá-se e parte em seu carro.

Um jornalista curioso, pergunta ao assessor o porquê de uma saída tão rápida, a resposta obtida é muito das fracas, explicou que o politico estava sem almoço! Estranho, ainda eram 11 horas da manhã...

As centenas de pessoas desintegraram-se aos poucos, apenas alguns estudantes persistiram no local, queriam explicações sólidas das propostas feitas, o restante partiram, todos!

Neste momento, ficou claro que talvez o maior erro dos escândalos públicos estejam voltados para o próprio povo, as pessoas não conseguem, ou não se empenham, em criticar analiticamente sua politica, infelizmente aceitamos tudo conforme é imposto à nós.

Em países desenvolvidos, há um grande trabalho feito na àrea educacional, onde alunos estudam para serem criticos e terem conhecimento de que o país depende deles. Um exemplo nem tão desenvolvido é a nossa vizinha Argentina, quando o governo altera o preço dos produtos a população sai em massa nas ruas, vão reivindicar o que está errado, o governo controla novamente as taxas, caso contrário eles saqueiam lojas e apedrejam os palácios governamentais. Modo rude e grotesco de resolver? Talvez sim, mas só sabemos de uma coisa; funciona.

Enquanto o povo pensar como tal, nunca seremos um Brasil em desenvolvimento. Enquanto escolas não fortalecerem as criticas sociais de seus alunos, nunca seremos cidadãos.

Entretanto, ainda vivemos em uma sociedade burocrata, onde homens bem vestidos julgam-se superiores e intimidam leis aos fracos e não instruidos, mas, só são mal instruidos por culpa da politica utilizada. O que nos resta é cobrarmos mais do nosso próprio voto, não deixar que o Brasil vire um país a mercê de nomes e partidos, temos que fiscalizar o dinheiro publico, sair as ruas com o conhecimento de nossos direitos e deveres.É triste afirmar, mas esta é nossa ultima esperança de reaver a dignidade esquecida.

Li Porfirio
Enviado por Li Porfirio em 25/10/2006
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