O medo faz a felicidade.

A parte, por hora, indolor, depressiva, estava, ainda, viva dentro de mim.

Eu não sabia.. Melhor, sei, se eu quero matá-la de vez. Fato.

É por ela que poetiso. É por ela que tenho esperanças e medos. O que é um ser humano sem medo? Um destemído. Ok. Mas a quais coisas ele vai se apegar, amar, idolatrar, se ele não tiver medo de perdê-las?

Eu tenho medo de cair no meu buraco negro e ficar lá de vez. Claro que tenho.

Mas se eu nunca tivesse provado o sabor da depressão e da euforia, como eu iria saber quando eu estou bem e quando estou tendo uma ilusão de que estou bem?

Então, aqui vai uma dica direto para você, ser humano infeliz:

Você PRECISA sentir medo de algo que brota dentro de sí para, realmente, saber o que é felicidade. Medo alheio não vale. Não conta ter medo de assalto, água ou baratas. Te que ser algo que te consuma internamente, algo que te faça ajoelhar quando se está sozinho e chorar inconsolávelmente. Algo que não há heroí capaz de te salvar. Nem papai, nem príncipe encantado (a menos que seu alterego e auto estima sejam os mesmos e, ainda por cima, incríveis!)

Enfim, sinta medo de sí próprio. Encontre dentro do seu peito alguma

aflição bizarra e apavore-se com ela! Leia histórias de esquizofrênicos e

duvide de sua sanidade. Fique no escuro por horas e, ao acender a luz, se encare nem espelho com os olhos bem abertos. Quem sabe você não assusta sua sombra?

Eu aposto com você que quando você vencer a sí próprio, um sorriso

espontâneo vai te dominar, junto com uma paz interna inimaginável, e

marcar teu rosto para sempre, no sentido figurado, claro.

Mas tente. Recue uma vez por medo. O passo dado em direção à felicidade vai valer a pena. Eu prometo.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 29/01/2011
Código do texto: T2759997
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