O Brasil em falsas bases

Acabamos de presenciar mais um grande acontecimento politico e social para nosso país, escolhemos mais uma vez quem irá governar o Brasil em nosso nome por mais quatro anos, e mais uma vez não fizemos de nosso voto um exemplo de cidadania.

Sem questionamentos partidarios ou pessoais, o Brasil errou na forma em que optou à escolha, ninguém se pré-dispos a supervisionar as propostas, a manter-se firme nos escândalos antigos, infelizmente ninguém se moveu para correr atrás do prejuízo. Escolhemos porque tinhamos que escolher, por não haver outra opção de governo. Assistimos a meia dúzia de debates e como sempre temos em mente que nenhum irá cumprir com nada.

Muitos anularam o voto, outros nem se quer compareceram a justificativa(esta que seria falsa e vergonhosa);simplesmente fecharam os olhos para mais um domingo de sol.

Desilusão? Falta de crença no país? Claro, isso explica a desmotivação nacional, mas um erro não justifica o outro; antes escolher com desilusão um novo candidato do que aturá-lo em quatro anos de desilusões. O Brasil não fez a mínima questão de escolher seu representante, chegamos ao ponto de que o que vier é lucro, logo seremos igualados a países de baixas revoluções sociais, onde há grito mas não há ouvidos ao ato.

Não adianta reclamarmos daqui um ano ou dois, temos que prevenir o erro antes que ele ocorra, ou se não, nos policiarmos para que não se efetue mais. Descaramento público e razão na mente, isso é o que o Brasil precisa para enfrentar qualquer crise social, como podem anular um voto? Se me vejo como um brasileiro de cinquenta e poucos anos preferia ser surdo ao ouvir tamanho descaso! Estes que lutaram tanto pela democracia social, estes que fizeram o que ninguém faz hoje: lutaram com cara e coragem pela tentativa de um país justo. E boa parte do Brasil é injusto consigo mesmo, começando por suas bases, que não usam corretamente o direito que tanto foi batalhado a ser seguido.

Infelizmente eleição não é circo, se um dia o Brasil desleixar de vez, culpem-se cidadãos de titulos inuteis.

Aline Porfírio Ribeiro