Retrato.

Posso falar de alguma coisa? Escolho temas que não se resumem à palavras ou descrições, logo, prepare-se para ler um trabalho totalmente inócuo ou sem base alguma.

Já brinquei com letras, sem nem notar o quanto sério foi atuar de maneira ingênua, porém, tinha a quem me apegar, a quem abraçar, chorar, dormir de cabeça tranqüila. E rolou. Apagou. Caiu. Deitou. Descansou. Fugiu de mim aquilo que eu mais amava, aquilo que eu mais sentia apreço em estar com... Será que vai voltar? Sim... Não. Em alguns momentos penso que é melhor que fique no passado mesmo, pois machuco menos pessoas ao meu redor. Machuco-me também, mas sei ao menos que poderei me curar de outras maneiras...

Já tive vezes de ases e coringas, fiz-me de pequenos pedaços para que aos poucos pudesse aproveitar a intensidade de cada momento, com ou sem você. Aprendo que nada mais pode ser único, que nada faz sermos aqueles os quais nossa alma tem pedido desde a concepção da nossa existência; isto, porém, enaltece-se com a valoração que concedemos àqueles os quais... Amamos. Amar é sentimento que não se busca, é força que nos prende a nós mesmos a ponto de deixarmos de lado qualquer visão externa, mas apenas aquele que servirá para conseguirmos alcançar um fim... Fim este que seria muito bom ao teu lado.

Pinto-me de muitas maneiras, no entanto, sinto-me incompleto; falta aquela vibração necessária para que meu mundo gire, para que a minha alma dance, pois é assim que me sinto no amor. É assim que tu me deixas, quando contigo estou. Meu melhor retrato são minhas palavras e desta forma, trago todo meu duvidar para que tu possas sentir um pouco dessa angústia... Deixe-te levar, deixar-me-ei levar também, quem sabe, lá na frente, nos encontraremos mais uma vez.

Toleris Sato
Enviado por Toleris Sato em 05/11/2006
Código do texto: T282505