Apologia de Saullo Oliveira em defesa dos valores cristãos

A sociedade mundial, no início do século XXI, está vivenciando uma ruptura de paradigmas culturais, econômicos, políticos, religiosos e sociais como nunca se viu na história das sociedades humanas.

Conflitos étnicos e religiosos em diversos lugares do planeta, crises econômicas de relevância mundial, derrubada de ditadores, inversão ou supressão dos valores morais tudo isso tem sacudido a estrutura física e espiritual dos habitantes da Terra.

Neste momento de grande efervescência, é necessário que os valores cristãos sejam ratificados e que não sejam modificados pelas vãs filosofias que permeiam e que confundem a cabeça de muitos.

Nesta apologia, não se procurará defender a existência de Deus, haja vista que o fato de Deus existir é um dogma que representa uma verdade absoluta sobre o qual não há espaço para dúvida, principalmente, entre os cristãos. Deus existe. Isso basta. Para os ateus ou outros que não aceitam a existência de Deus, em breve, divulgarei algumas palavras ratificando aquilo que é visível, é plausível e é possível, ou seja, a existência de Deus.

Convém ressaltar também que esta apologia, não defenderá uma determinada denominação ou seguimento cristão em detrimento de outro. Não é momento de os cristãos discutirem o que os separa, o que os desagrega. É sim chegada a hora de discutirmos aquilo que nos une, que nos agrega.

Esta apologia consiste na defesa ou na ratificação dos valores cristãos no início do século XXI. O tempo passa, a sociedade muda, mas as palavras do Eu Sou não hão de passar e não hão de mudar. Não podemos nos esquecer de que a doutrina de Cristo não pode ser adulterada ao sabor do vento. Ai daqueles que acrescentarem ou diminuírem algo das Sagradas Escrituras. O justo Juiz os há de julgar.

Passado esse momento introdutório, o primeiro aspecto a ser analisado é o ‘Ser cristão’ neste começo do século XXI.

Ser cristão não é simplesmente estar congregado em uma denominação cristã. Ser cristão não é simplesmente vestir uma roupa diferente, falar diferente, andar diferente. Ser cristão não é simplesmente dar o dízimo, ir à igreja, ajudar os pobres. Ser cristão não é simplesmente ser batizado nas águas e com o Espírito Santo. Ser cristão não é um mero modismo ou um costumeiro ritual religioso.

Ser cristão é, antes de todas essas coisas anteriormente citadas, ser um seguidor e ser um imitador de Jesus Cristo. Hodiernamente, vê-se que há muitos manuais, muitas regras que preceituam o que é ser cristão. Entretanto, o grande problema é que muitos desses manuais falam de tudo menos de Cristo. Como pode um manual de conduta de alguém não citar ou não se espelhar em quem esse alguém confia e segue? O manual do cristão é a Bíblia Sagrada. Contudo, como hoje já existe bíblia de todo jeito e para todo gosto, quero ratificar que o manual do cristão não se resume às Sagradas Escrituras. O manual maior, O guia real, A bússola valiosa do cristão é Cristo. Quer ser cristão real e verdadeiro? Siga Cristo. Imite Cristo.

Depois de ter falado sobre o ‘Ser cristão’, reportar-me-ei ao ‘Agir do cristão’ no começo deste século XXI. Para muitos, o simples fato de ir à igreja, de dar o dízimo e de ajudar os necessitados já é suficiente para dizer que age como cristão. Cristo foi à igreja, Cristo falou da importância do dízimo, Cristo ajudou os necessitados, mas Ele foi além. É interessante observar que Cristo não ficou preso à cidade ou à igreja, templo físico, dEle. Cristo andou por várias cidades e falou com diversas pessoas. Cristo foi e é o maior missionário e o maior professor de todos os tempos da história humana. Para quem não vê importância na evangelização, é importante relembrar o mandamento de Cristo de ir ao mundo e pregar o Evangelho a toda criatura. O agir do cristão não pode ficar restrito à sua vida pessoal, familiar. O agir do cristão deve transpor fronteiras. Se não pode ultrapassar as fronteiras do seu país, que transponha as fronteiras da sua timidez para ganhar os seus familiares para Cristo e que transponha os muros de sua casa para ganhar seus vizinhos e amigos.

É interessante apontar, nesse aspecto do agir do cristão, que somos cidadãos da Terra e do Céu. Temos obrigações terrenas e celestes. É extremamente necessário superar aquele pensamento retrógrado de que os cristãos não devem se preocupar com responsabilidades terrenas. Devemos tanto nos preocupar com este mundo que não podemos nos conformar com ele. Ora, só não se conforma com algo quem se preocupa com esse algo. Como Deus criou o mundo e tudo que nele há, devemos ter respeito e apreço pelo criador e pela criatura. Como cristãos, não podemos ignorar ou ficar alheios às atrocidades que o homem tem feito com a fauna e com a flora deste planeta. Deus ama tudo aquilo que criou. Vejamos que as aves não semeiam, não colhem, mas não lhes falta o mantimento. Os lírios do campo não fiam, mas Ele veste a erva do campo. Deus se preocupa com a fauna e com a flora que criou. Se o criador se preocupa, e se somos imitadores dEle, também devemos nos preocupar com as vegetações e com os animais irracionais da Terra.

Para encerrar esse aspecto do ‘agir do cristão’, convém ressaltar a importância de amar a Deus sobre todas as coisas e de amar o próximo como a si mesmo. Cristo, quando se tornou homem físico e estava na Terra, falou e condensou os mandamentos em uma única palavra que se chama amor. Amar a Deus com toda nossa força e entendimento e sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Vale lembrar que quem ama tudo suporta. Para mim, é o mais difícil de todos os mandamentos amar o próximo como a mim mesmo. Não vejo esta passagem bíblica como mera metáfora destituída do seu significado real. Cristo é amor na mais perfeita acepção deste termo e é por isso que exigiu que fôssemos amor como Ele é. Isso não é impossível. Cristo sabia e sabe das nossas limitações. Ele não nos pede o inatingível. Quero abrir uma lacuna neste texto e apenas citar que devemos ter o cuidado para que não façamos das Sagradas Escrituras um livro de metáforas. Para mim, o mar Vermelho se abriu, os leões famintos não devoraram Daniel na cova, a muralha de Jericó foi soterrada, Elias subiu ao céu em um carro de fogo, Lázaro ressuscitou depois de quatro dias, o batismo com o Espírito Santo é algo real e verdadeiro ainda no século XXI. É importante asseverar que tudo aquilo que está sendo utilizado argumentativamente nesta apologia em defesa dos valores cristãos foi retirado das Sagradas Escrituras e das próprias palavras de Cristo. Não há nada de novo sob o Sol. Isso é apenas uma releitura atualizada dos genuínos valores cristãos.

Falei apenas do ser cristão e do agir do cristão neste século XXI. Creio que estes dois aspectos já são suficientes para embasar a defesa dos valores cristãos no mundo hodierno. Encerro esta apologia com a seguinte oração baseada na oração de Jabez, mas com algumas modificações:

“Meu Deus, que nos abençoe muitíssimo. Que amplifiques os nossos termos para a Tua glória. Que a Tua mão seja conosco em todos os momentos de nossas vidas. Que nos livre de todo mal. Que onde haja guerra, levemos a paz! Que onde haja ódio, levemos o amor! Amém.”.

Saullo Pereira de Oliveira.

Fortaleza, 08 de outubro de 2011.

Saullo Pereira
Enviado por Saullo Pereira em 09/10/2011
Código do texto: T3266784
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