Os GUÁPOS

Há um bom tempo não ouvia ou presenciava alguém pronunciar a palavra que vem expressa no título deste discurso. Mas, hoje, nesta comemoração ousei permitir-me chamar os dois homenageados de GUÁPOS. Trata-se de uma palavra recepcionada em nossos dicionários da língua portuguesa com o significado de que GUÁPOS são pessoas valentes, ousadas e corajosas.

Tanto o amigo Alziro do Amaral como o amigo Osvaldo Lemos Cardoso são pessoas que fazem jus a essa denominação, porque são pais de família muito respeitados em nosso meio social. São valentes quando estão no exercício das suas atividades judiciárias, porque são responsáveis e lutam para que seu labor seja executado dentro dos limites de suas forças, já que são homens conscientes de que o trabalho é algo inerente às necessidades básicas do ser humano. São ousados quando enfrentam as dificuldades no sentido de honrar os compromissos com a família, por serem homens preocupados com o destino e a educação dos seus filhos. São corajosos quando fazem frente à sua labuta diária, já que ao cumprir sua função, não raras vezes encontram obstáculos para cumprir uma diligência.

Quis o destino que um deles viesse da cidade Crepúsculo, onde as nuvens, o sol e as estrelas são parte das inspirações de seu povo. Os amambaienses, por onde andam, semeiam a corrente da amizade e da solidariedade. Assim, não poderia falar do Alziro sem me atrever a associá-lo à minha infância, onde aprendi que o melhor da vida é ser sincero e honesto. Talvez seja esse o elo que mais une o Alziro à Bancada da Bola, posto que nunca observamos em seus gestos algo que nos fizesse duvidar da sua integridade e de sua honra.

Não foi diferente nossa admiração e nosso apreço pelo segundo homenageado. O Osvaldo é alguém que esteve junto conosco em nossa caminhada dentro da história da ASPJMS e do atual SINDIJUS. Sempre foi um parceiro nos momentos alegres e nos momentos de tristeza. Moço prestativo e disposto a ajudar sempre que é solicitado. Tanto é assim que, mesmo não tendo muito gosto para exercer a função de goleiro, nunca se viu, em todos esses anos, qualquer tipo de reclamação quanto à solicitação para contribuir nessa função dentro de campo. Na falta de goleiro, lá ia o Osvaldo para o sacrifício, já que mesmo sendo um bom zagueiro, abdicava dessa tarefa mais prazerosa em benefício do time.

O nosso amigo Alziro, ao qual dedicamos à alcunha de Alzirê, tem-se aliado ao nosso grupo para contribuir com o lado cultural, por ser uma das exceções no contexto do lado artístico. Também, nunca se negou a cooperar e ajudar nessa nova fase da “Bancada da Bola” que é unir o lado esportivo e social, com a música. Sempre enfrentou com galhardia as brincadeiras que fazem com o seu estilo ‘italiano de ser’, ao entoar seu repertório com acordes canarinhos.

O nosso amigo Osvaldo, por sua vez, vez ou outra, também quer ajudar na cantoria. É verdade que não reúne as cordas vocais mais preciosas da ocasião. Mas, nem por isso temos de tirar o brilho da sua presença e da sua participação. É alguém sempre presente que merece nossa gratidão, já que a magnitude do seu ato reside no incentivo àqueles que garantem um acréscimo cultural em nossos encontros festivos.

Ainda quanto ao amigo Osvaldo, temos admirado a sua postura mais recente, por estamos testemunhando seu esforço em tornar-se alguém mais compreensivo com os fatos ocorridos dentro de campo. Seus arroubos de outrora, quando se insurgia contra os erros de arbitragem deixaram de existir. Aliás, quanto ao assunto colho um ensinamento de Aristóteles, quando ele diz: “Qualquer um pode zangar-se – isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil”. Aproveitando o ensejo cito pensamento de minha autoria: “As pessoas são como elas são. O que elas podem fazer para evoluir é refletir quanto aos seus atos e procurar melhorar com os próprios erros”.

O Alziro também melhorou sua postura no que diz respeito ao julgamento que fazia das pessoas que participavam da Diretoria do Sindicato. Eu, mesmo, sentia o Alziro muito arredio no que diz respeito às posições que muitas vezes um diretor deve tomar. Assim, demoramos a entender que ele era só alguém procurando seu espaço e que sua intenção era demonstrar que tinha competência e liderança. Hoje, posso dizer que o Alziro, com sua paciência e sua destreza de líder, conseguiu mostrar a todos que é alguém em que se pode confiar, porque zela por princípios homogêneos com a “Bancada da Bola”, ao respeitar aos outros líderes sem se submeter a uma condição de subserviência. Aliás, sobre essa sua faceta de ter conquistado seu espaço, reservei o seguinte pensamento e Paulo Coelho: “Se você não acorda cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo. Se você não reza, embora Deus esteja sempre perto, você nunca conseguirá notar sua presença”.

Enfim, não posso me despedir sem antes dizer sobre a saudação de Willian Shakespeare: “Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto”.

Termino enfatizando que a “Bancada da Bola”, ao reservar-me este compromisso de homenagear os aniversariantes, deixou-me à vontade para expressar nossa grande estima por ambos os homenageados, pedindo a Deus que sempre estejam conosco em nosso circulo de amizade e de fraternidade.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 26/10/2011
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T3299284