Fim de semana

Ao longo dos anos vamos somando conhecimentos para nos tornarmos pessoas melhores, ou não. Experiências que nos tornem capazes de termos atitudes menos egoístas, cruéis, irracionais... A vida trata, ao menos deveria, de nos ensinar caminhos e nós de selecionarmos o que melhor nos cabe. Inevitavelmente, nós homens, conheceremos vários tipos de mulheres, várias mulheres numa só, várias mulheres sem nenhuma, tudo pode acontecer.

As questões são: "Como fazer a que mais te faz perder o fôlego, rumo, a racionalidade ficar? Que artifícios usar? Como puxar a cadeira num jantar? Qual a hora certa para beijá-la no cinema? Quantas flores mandar no dia seguinte? Quando dizer o que sente, sem pressa de acabar"? São algumas questões que achamos serem cruciais para que dê certo.

Primeiro de tudo, não há regra! Cada mulher pede uma medida diferente, elas só são iguais em relação ao chocolate como antidepressivo. Ah, talvez concordem também em eleger o atual goleiro da seleção inglesa de futebol, "Hart", como símbolo sexual.

Se tentarmos definir mulheres, de maneira a classificá-las cairemos numa cilada, num erro sem dimensões. Cada uma a seu modo pede atitudes diferentes. Então, é como num jogo de tentativa e erro, em que se tem de arriscar.

Quando comecei a escrever pensei em selecionar 10 atos que, para mim, seriam fulcrais no trato com as mulheres, mas logo percebi que isso terminaria parecendo receita de bolo. Mas algumas coisas são necessárias... Fazer um bom jantar é uma bela tentativa. Nenhuma mulher vai querer um homem que fede a cerveja, come amendoim e arrota futebol. Faça um jantar, surpreenda, mostre que os tempos de faculdade te ensinaram a ser independente. Outra coisa importante é jamais ver futebol com ela, digo um jogo do time dela, você corre sérios riscos de ser penalizado caso o resultado seja adverso.

Tudo isso serve para dizer que podemos concentrar uma vida inteira num espaço pequeno de tempo, num fim de semana podemos viver uma vida inteira... Cuidar do jantar dela, deslizar pelo corpo dela, pela alma... Ver futebol e concordar com tudo o que ela disser (só para manter os sorrisos e permanecer na sala), aceitar suas provocações, errar e ser perdoado. Apagar as luzes e acender os dizeres impublicáveis. Podemos fazer caber nossos sonhos e aceitar que não fomos feitos um pro outro, mas juntos somos muito melhores que separados. Que o choro e o riso ocuparam a mesma placenta, e não há como fugir disso. Mas que eu vou sempre secar as lágrimas e sempre derramar a água, tentando parecer forte e autossuficiente, para você rir um pouco mais. Essas coisas fazem parte dos detalhes e amor é cheio disso. São os detalhes que contam. O "eu te amo" no pé do ouvido na madrugada, o abraço apertado enquanto a chuva molha... O cuidado com o outro!

Vivemos de "fins de semana", fazendo caber toda vida neles, é a metáfora do amor, bem como ele é... Numa visão sentida... e que até magoa, mas por ser amor é invasão, te ocupa, pro bem!

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 26/06/2012
Código do texto: T3745613
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