‘’QUE A VOSSA MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A VOSSA MÃO DIREITA. ’’

– Evangelho segundo espiritismo - cap. XIII – 13 a 15

-Cáritas: Martirizada em Roma, Lyon, 1861

“Meu nome é Caridade, sou o caminho principal que leva a Deus, segui-me, pois sou o objetivo a que todos deveis visar.”

Com estas palavras paramos e refletimos. Quantos de nós preocupados com nossos problemas íntimos, voltados para o nosso egoísmo, deixamos de praticar a verdadeira caridade ao nosso irmão de jornada menos afortunado em seus caminhos.

Quantos de nós meus irmãos, vemos e ouvimos em nossos caminhos os lamentos do nosso próximo e fingimos assim não vermos a dor e o sofrimento deste?

Quantos de nós deixamos de emitir palavras de consolo e de elevação moral dentro da conduta cristã. Ou até mesmo deixamos de nos desabrochar em um simples abraço ou aperto de mão fraterno para o consolo daqueles que buscam o encorajamento para poder seguir adiante.

Saibam meus irmãos, a caridade não se detém somente em saciar a fome ou satisfazer necessidades materiais. A caridade muita da vez resume-se em um gesto ou uma simples palavra para que o espírito seja verdadeiramente saciado.

Somente quando nos conscientizarmos que através da prática da verdadeira caridade encontraremos a salvação e assim nos regozijaremos com a verdadeira felicidade.

A prática da verdadeira caridade nos traz o brilho da felicidade e alegria estampadas em nossas fisionomias. Ela nos traz uma felicidade de tal forma tão imensa, que nos esquecemos de todas as aflições que por ventura estejamos enfrentando.

Quando despojamos nossos corações na prática da caridade verdadeira, nos transformamos em gigantes diante de problemas tão ínfimos diante da grandeza de nosso Pai Celestial.

Temos, portanto, além de caridosos, sermos também indulgentes com os nossos irmãos que não professem conosco o mesmo ideal espírita ou religioso. Temos que ser pacientes e respeitosos diante do ponto de vista religioso de cada um. Temos sim, que mostrarmos com sabedoria, os verdadeiros valores morais e espirituais a todos sem distinção. Tentarmos sempre mostrar as verdades que para nós espíritas são a cada dia desvendada sobre a questão espiritual.

A prática da indulgência, do perdão, também é uma forma de caridade. Nada nos adianta sermos abastados e poder assim nos despojar do que sobra em relação a bens materiais, nos classificando assim de caridosos. Que somos praticantes da caridade, somente para mostrar isto ao mundo.

“Ninguém é tão pobre que nada tenha a dar, nem tão rico que não possa receber.” Esta frase nos mostra o verdadeiro sentido da caridade. Por muitas vezes achamos que se não somos possuidores de bens materiais, se não somos abastados, não temos condições de praticar a caridade. Engano completo este modo de pensar. Como já foi relatado anteriormente, às vezes são necessários apenas uma palavra, um abraço verdadeiro ou um sorriso sincero. Para doarmos isto, não são necessários bens materiais. Por vezes muitos que possuem toda esta abastança, por muitas vezes tem a necessidade de receber este tipo de caridade.

Que possamos sim meus irmãos, praticarmos a caridade verdadeira e não darmos esmolas aos nossos irmãos que necessitem. Que possamos sim, praticá-la silenciosamente, sem ruídos que possa alertar ao mundo sobre esta prática para que esta não perca o seu verdadeiro sentido e deixe, portanto de ser caridade e transformar-se em esmolas.

Esta prática da caridade silenciosa denota bem o sentido da parábola de nosso Mestre. “Que vossa mão esquerda não saiba o que faz a vossa mão direita.”

Obras espíritas
Enviado por Fátima Marques em 08/11/2012
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T3975885
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