Sobre minha vida e minhas dores, quem sabe sou eu. Aos que me conhecem não sente o que realmente sei, apenas enxergam restos ou fantasmas que se sobresaem de mim. São gritos, espasmos, suor, sangue, o mais louco sentir que me invande diariamente pela vida que tenho carregado. São apenas dias que duram anos. São apenas anos que são seculos de existência.

- Estou cansada! - minha voz interna que ecoa dentro de mim.

Eu só queria paz, um pouco de paz de achar que o certo nunca seria errado. De achar que eu deveria ser cuidada e não cuidar das pessoas. Meu sentir é inutil diante do mundo, meu agir é infeliz diante de todos que não me enxergam. Só queria paz, nada mais. Uma certeza do descanso, que seja eterno ou apenas pleno. Minha vida precisa de apenas de um norte que só eu poderei dar.

Mais estou cansada demais de viver sem saber como viver.  

E a única coisa que sei é que sou a pessoa mais forte que já conheci no mundo. Sou maior que o meu ego, ao ponto de engolí-lo como se fosse o ultimo alimento do mundo. E tudo isso que escrevi não beira a nada litérario, apenas um manifesto a um desabafo de tentar me libertar das correntes que eu mesmo criei. E de colocar novamente o par de asas com que nasci. Preciso voltar a voar, meus pés não foram para ficar preso ao chão
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Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 15/06/2013
Reeditado em 15/06/2013
Código do texto: T4342439
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