Visão sobre Relacionamentos Parte Dois

Continuando minhas reflexões sobre relacionamentos (o primeiro texto pode ser visualizado aqui http://www.recantodasletras.com.br/discursos/4903806) creio que é hora de tentar desvendar um pouco o período mais complicado: o término.

Bem, se terminou foi por algum (ou alguns) motivo(s). É isso que muita gente esquece. Ou termina por causa de besteira e depois quer voltar atrás ou se perde completamente do objetivo do término, causando o tão chamado efeito ''bumerangue'' ou ''iô-iô''. E não conseguindo mais ser tão imparcial, sou obrigado a dizer: acho isso totalmente ridículo. Não apenas porque parece tão ridículo, mas porque é totalmente irracional. Esse tipo de coisa não ''apimenta'' coisa alguma. Pelo contrário, acaba por enfraquecer a ligação entre as partes e torna a relação instável. E outra: como vai se saber quando acabar de verdade?

Outro ponto chato de entender é sobre a ''eterna batalha'' que ganha espaço após o término do relacionamento. No meu outro texto eu citei apenas os efeitos passivos desta batalha, mas agora vejo necessidade de pensar sobre os efeitos ativos - muito mais destrutivos - que as partes podem apresentar. Tenho um exemplo ótimo, já que eu mesmo estou sendo acossado por isso. Logo no início de um relacionamento passado minha namorada na época sofreu muitos ataques vindos de ''inimigos sociais''. Coisas do tipo ''ele é um cafajeste, só quer te usar e te largar'', ''ele fez coisas horríveis com a amiga de uma amiga'', ''ele sacrifica animais a Satanás'' e por aí vai. Mas cada uma das acusações foram pouco a pouco liquidadas (como disse a grande pensadora Valesca Popozuda: beijinho no ombro pro recalque passar longe) e nosso relacionamento perdurou por quase cinco anos.

O relacionamento acabou por um motivo, como iniciei este texto. O mesmo motivo que invalidou qualquer chance de retorno. Sem efeito iô-iô pra mim, obrigado.

O problema é que, tentando começar um novo relacionamento, me vejo na mesma situação. Só que quem comete os ataques agora é nem mais, nem menos, a mesma pessoa que sofreu com eles e os superou no passado: a ex-namorada, que só pra esclarecer, passou todo aquele tempo em um relacionamento com um ''cafajeste-sedutor-de-amigas-sacerdote-do-belzebú''. Tá certo, alguém pode se sentir atraído e ter algum fetiche por tal tipo de pessoa, mas acho que não era o caso. Assim como se termina por um motivo, se mantém um relacionamento por um motivo. Ou pelo menos deveria ser assim.

Esses efeitos ativos da eterna batalha, como pude apresentar, parecem ser bem mais destrutivos do que os passivos: passear de namorado novo, postar no Facebook o quão se sente MELHOR agora, etc (leia o primeiro texto no link supracitado para entender melhor sobre esse assunto).

Vou deixar esse tema por aqui e esperar pelas críticas - na verdade, as recebo de braços abertos.