"Tô munto loco!"
O título do texto foi a frase de um usuário de crack duma escola de classe média em São Paulo. Dedico a todos que andam muito loucos por aí de maneira consciente.
Fiquei muito louco quando li num artigo (não importa agora qual e onde) o crescimento da quantidade de pessoas ingerindo drogas pelo Mundo.
Há aqueles que fazem “Marcha para a legalização da maconha” e se sentem orgulhosos com sua ação política. É verdade que as drogas lícitas e ilícitas dão prazer, senão pouca gente ia querer usar. Também é verdade que as pessoas estão num “mundo livre” e vivem suas vidas como querem, mas é questionável a ideia de querer alterar a consciência ou de buscar prazer pelo prazer nas drogas. Será a única alternativa? A felicidade está prontinha para ser consumida num “baratinho”? Esses mesmos militantes costumam dizer que estão muito loucos e que vão ver a transformação.
Muito louco é encarar a realidade de maneira consciente; é como fazer cirurgia sem anestesia e ficar olhando a ação dos médicos, sentir toda dor e lidar com isso. Quer mais louco que isso?
Saia cedo e encare conscientemente a realidade como ela é. Topa um baratinho desses?
O negócio é viver o agora, alterar a consciência e fugir da realidade, como fazem algumas religiões, canais de TV, internet ou mesmo as drogas. Alterar a consciência é estar no corpo, negando ele e o que o cerca, é negar o mundo instantaneamente.
Muito louco é encarar o mundo, mesmo quando não o suporto; entender seus desafios mesmo quando não quero; transformá-lo mesmo quando as pessoas não lutam para isso.