A GUERRA!!! (chorem com o peito e gritem com a alma, eles existiram!!!)

Um dia eles foram recrutados e seus destinos jamais serão os mesmos...

Agora deixaram de ser a população para serem o exercito, der ser habitantes para serem tropas, de serem humanos para serem assassinos, de serem pai, filho, amigo, neto, irmão, primo, tio, marido, namorado, para serem soldados.

Meses antes, dias antes...

Ainda em treinamento o seu pensamento se atormenta na visão do combate, muitos não voltarão, muitos voltarão feridos, mas todos aqueles que voltarem, jamais serão os mesmos.

Naquele dia eles entregarão sua vida pelo seu país, morrerão como heróis e matarão como heróis!

Horas antes...

O medo balança-rá do mais assustado soldado ao mais preparado comandante, o gelo na barriga, os olhares daqueles que serão tudo que eles terão em combate, se cruzando, cuidando uns dos outros, sem cor, raça, etinia, credo ou crença, eles serão todos iguais...

Cada homem defendera o homem a sua frente e será protegido pelo da retaguarda, escudos humanos uns dos outros, nenhum será abandonado, todos serão trazidos de volta, feridos, cansados, ou mortos...

Eles caminharão para um derramar de sangue que jamais escolheram e que se pudessem optar jamais existiria, eles sabem que não levará alugar algum, que nada se resolvera, que não faz sentido, mas eles caminharão.

Aquela noite será a mais curta e a mais importante para cada um deles, aquela noite que antecede o momento da partida, a noite onde trocarão suas horas de sono para observarem suas esposas dormindo, beijar os seus filhos... noite essa onde o futuro pai observará a barriga de sua mulher, sabendo que seu filho nascerá enquanto estiver em combate, então ele passará horas refletindo sobre todo o amor que sente por este filho mesmo nunca tendo o visto, mesmo que ele ainda não exista como um ser humano formado, pensará em tudo que poderia viver junto com a família ao lado desse filho, em como fará falta um pai em seu crescimento, pensará como o garoto vai conviver com o pensamento de um pai herói o qual jamais irá conhecer, será que ele terá orgulho, será que terá revolta?

Eles não terão ódio, mas como soldados matarão! E em cada corpo que deitarem vão sentir o peso de mais um luto que causaram, vão ter a dor de fazer mais um órfão, de tirar a vida de um filho amado que assim como eles, não escolheram estar ali.

Durante a guerra eles verão seus companheiros feridos, perderão seus amigos e sentirão todos os tipos de dores, das físicas as mentais, durante os dias de guerra eles terão fome e sono e cada minuto durará uma eternidade, mas durante todo esse tempo eles lutam pela vida, lutam por suas vida. Agora já não tem mais ligação com o país, o governo ou as causas, agora cada um sente a saudade de seu lar, a vontade de poder dizer um “meu bem eu te amo”, agora todo homem chora.

Paralelamente a dor e o silencio habita o vilarejo de abrigo das futuras viúvas, mãe dos filhos dos heróis da guerra... em seus braços o herdeiro da coragem dos homens que darão seu sangue por sua bandeira, que honrarão sua pátria,,, todo o tipo de desespero passa pelos corações dessas fortes mulheres que temem cada minuto que esta por vir no pânico desesperador de receberem um telegrama.

Assim como seus homens, elas só tem uma a outra e os ombros amigos acolhem os peitos vazios e secam as lagrimas da dor que jamais será acalentada.

A cada telegrama um desespero, menos esperanças, mais dores, mais lagrimas e suas mulheres acabam morrendo junto deles por jamais entender o motivo de tanta dor, jamais conformar-se em perder toda uma vida pela frente a mandato de um presidente, um governador, um comandante que por seus ideais cria bombas e armas mas não se faz presente na linha de frente da batalha.

Nas trinxeiras o cheiro da morte, o fogo ilumina a noite como um sol, o barulho ensurdecedor de tiros a granadas, a eterna sensação de que não acabará nunca, o medo de ser pego de surpresa, o pânica até mesmo da própria sombra... não se sabe de onde surgirá o próximo inimigo, não se sabe de onde virá o próximo tiro.

Um dia a guerra acaba e entre mortos e feridos quem de fato ganhou?

Os senhores da guerra, eles não lutam nela.

Cada homem que entregou sua vida em combate será um dos milhares de nomes no muro da honra, terá um pingo de seu sangue eternizado na marca histórica da bandeira de seu país.

As famílias nunca superarão e até mesmo aqueles que voltarão jamais terão paz.

Todas as noites no silencio ainda se pode ouvir o grito daqueles que se foram, ainda se pode sentir o cheiro da pele queimada. O capitão jamais se perdoará por seus homens terem morrido e ele não, os amigos que ficaram para trás jamais poderão compartilhar da historia.

Não existiu de fato uma vitória, os que sobreviveram serão eternamente tristes e culpados das almas que apagaram, e seus olhares jamais serão belos...

Todo homem voltara deformado espiritualmente, inerte, abatido, desejando nunca ter participado do caos e vendo ao seu redor que nada mudou, nada mudará e ainda assim existirão mais rumores de guerras.

Os heróis mortos e vivos cairão no esquecimento, jamais serão lembrados porem serão condecorados, muitos não terão mais um coração em seu peito, mas terão uma medalha, seu pais não sente a morte dos honrados soldados que viverão os piores dias de suas vidas por submissão as ordens de seu país.... como dizer que morreram em vão???

Homens heróis, os de maior coragem de todos os tempos, o que passaram pela terra e fizeram a diferença na historia, os que jamais quizeram isso, mas jamais se ausentaram, não serão lembrados, nem homenageados jamais da forma com que deveriam, mas existiram e tem o meu respeito.

“Pais, filhos, maridos e amigos, nenhum homem é só um soldado.”

[...!!!FOMOS HERÓIS!!!...]

rOg Oldim
Enviado por rOg Oldim em 14/06/2007
Código do texto: T526850