Pensadores em tempos de redes sociais

Fico pensando nesse mundo de redes sociais o que nossos pensadores famosos postariam se vivessem nesse nosso século virtual, Talvez seus pensamentos e comentários acabassem sendo banais como nós somos hoje, Imagino o pensamento de Charles Chaplin-- "Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá."-- Talvez sua mensagem de status hoje fosse: " postamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de curtidas que de comentários. mais de compartilhamento que de inteligência, sem isso a vida se tornará fria e mais solitária."-- E nós curtiríamos, compartilharíamos e faríamos nossos comentários em alguns tons de K ou alguns hahaha.

Quem sabe Albert Einstein não diria isso: "A liberação da energia atômica mudou tudo, menos nossa maneira de pensar." Mas sim "A liberdade do compartilhamento atômico mudou tudo, menos a nossa maneira de curtir e comentar." e Pitágoras diria sua frase celebre: "Se o que tens a postar não é melhor do que o que tens a comentar então apenas curta", e digitária nossa alegria falsa em forma de kkkkk.

Será que nossos pensadores sobreviveriam nesse mundo onde a felicidade se esconde por trás de alegria virtual, se acreditamos no apocalipse zumbi, talvez não, mas nosso vicio virtual nos transforma em zumbi e nem percebemos, pessoas que não levantam a cabeça para caminhar pois estão prontas a comer o próprio cérebro por mensagens recebidas ou enviadas, olhos nos olhos já não é mais necessário quando uma tela já diz tudo sem precisar enfrentar as diversidades do mundo real.

O que estamos fazendo de nós, ainda nem decidimos se devemos viver ou postar, e Shakespeare diria Postar ou não postar, ó dúvida cruel. talvez nossos pensadores iriam preferir ainda assim ser tachados de loucos ao invés de mais um em trilhões que vivem por um status, uma curtida, um comentário ou um compartilhamento.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 02/01/2016
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