Geografia do escrever

Gosto do arranhar da caneta no papel

A tinta preta rabiscando a folha branca,

Riscos e sobrescritos de palavras substituídas.

Gosto do imaginar em palavras preenchidas,

O ocupar sem regras ou normas,

O elucidar daquilo que se busca e acha.

Gosto do não saber o que existe e sinto,

Do não pensar em texto pronto

Do escrever sem rumo certo.

E se o papel nem sempre é repleto

Que venham novos desenhos...

A criação é uma eterna luta

Que só se finda quando não mais se escreve.