Silêncios

O que se escreve no silêncio... Não julgue, não pense, não ponha rótulos, não faça julgamentos sobre o valor das pessoas, porque cada um sabe o que guarda em seus silêncios, o que foi, o que é, o que quer ser. Não finja que o outro tem que ser perfeito, nem que tenha que fazer tudo da melhor maneira, nem que as suas palavras sejam sempre justas, porque só ele sabe o que ele guarda em sua cabeça e no seu coração, que se culpa e não se desculpa, o que dói e o que lhe dá alegrias e forças. Não apontes o teu dedo julgador, porque só ele sabe nos seus momentos de silêncio o próprio encontro o que sente, deseja e pensa. Não olhes de cima a fazer o outro sentir pequeno e indefeso, porque só ele sabe como se sente quando luta com sua própria alma, com a vida e com o seu corpo.

Não vivas estacionado na crítica, porque só ele sabe o que passou em sua vida, suas dores, seu passado, seus afetos perdidos, as ausências, os sucessos e seus sonhos realizados ou só a pura fantasia. Não julgue, não pense, não ponha rótulos, não faça julgamentos sobre as pessoas, porque cada um sabe o que guarda em seus silêncios, o que foi, o que é, o que quer ser.

Abraçar, perdoar, esquecer, largar, ou visitar essas almas e ler tudo o que escreveram em silêncio...

Descobrir o outro por dentro, não só com foco em seus defeitos...

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 14/08/2016
Código do texto: T5728105
Classificação de conteúdo: seguro