Quando o gostar é verdadeiro
De forma lógica, diríamos que se não é verdadeiro, então não se gosta.
Em suma, este pensamento é lúcido e racional, embora em se tratando de sentimento.
O difícil é reconhecer o "gostar" em meio ao "apegar-se com o agradável".
E se nos apegamos é porque gostamos. Incontestavelmente sim.
Eis que proponho o real gostar diferente da zona de conforto.
Quando nos apegamos ao agradável, excluímos a possibilidade da relação ser saudável para as partes envolvidas.
Esta saúde no relacionamento envolve uma série de coisas difíceis de regrar e padronizar.
Algumas destas coisas não podemos descartar sobre hipótese alguma.
O respeito, a lealdade e consideração, se não existentes, tornam-se uma base de canto ausente da pirâmide do relacionamento.
E se, por outro lado, é mais fácil pensar e viver o conforto de uma relação, o gostar ainda existe, mas aqui, não é gostar do outro, e sim, meramente, gostar do que o outro faz por você, aquela necessidade que ele/a supre.
E se, por um dia, essa outra pessoa não suprir esta(s) necessidade(s) vem à tona a descoberta do não gostar verdadeiramente e o fim da utilidade.
Sugestão? Cultive a pessoa, e descobrirá que ela lhe é útil porque não desejas outra em seu lugar.