O afeto como suporte de vida
 
Sabemos que o ser humano, sendo provido de sensações e sentires, assenta seu viver mais produtivo em relações onde reside o afeto. Não é de hoje, que sabemos que manifestações de carinho e afeto amenizam situações traumáticas e/ou estimulam o indivíduo a se imbuir de força e expectativas que visam melhoria física, mental e espiritual.

Remonta à história que a paixão e o amor em sua essência, não sobreviveriam sem o afeto, pois padecem de um pilar para suportar as demandas que os seres em sua vida seja ela medieval ou contemporânea impõe ao sentimento.

A paixão sendo fulminante e visceral, exige que o objeto desejado esteja presente e assiduamente retribua o intenso querer, o que nem sempre é possível, e aí entre o afeto que atua como paliativo nas ausências que maltratam o coração apaixonado.

Já no amor, o afeto vem envolto em contatos e sinais que fomentam a energia do sentimento, mais sublime que existe, pois com a rotina e situações de entraves e muitos senões, o amor não sobrevive a esta falta de descobertas ou ausência de contatos, fica difícil manter sua essência, pois este precisa de renovar, se transformar, se reinventar a cada dia, buscando outras frequências, e nessas sintonias, ao feto é vital para a sua existência.

Nas relações humanas, seja ela qual for, entre pais e filhos, entre amigos, entre enamorados, o afeto é algo que nunc apode faltar, caso sintamos esta carência uma lacuna se abre e nesta se deposita a falta de perspectivas, o desânimo e todas solitudes que são material farto nos consultórios psicológicos e psiquiátricos mundo afora. O contato, o olhar, o recado, uma mensagem de intenção, tudo demonstra o afeto e não é à toa que numa sociedade moderna e tecnológica, isto se perdeu, o que ocasiona frustrações e sentimentos  depressivos em algumas pessoas, pois as mesmas não se sentem acolhidas e, portanto, caem no obscurantismo da marginalidade do sentimento, o que pode configurar dificuldades de se lidar com seus conteúdos e na ausência de uma receptividade, torna-se muito mais delicado e tormentoso
  
Se o amor, a cumplicidade, o sexo e respeito são determinantes na vida humana, o afeto vem como base de apoio a todos eles, pois nada se estrutura de forma sadia e positiva sem que a afetividade de um modo ou de outro, podendo ser até camuflada, esteja presente de alguma forma nos laços que formamos ao longo da vida, isto posto, concluo que o afeto nunca pode faltar em nós, e gestos e sinais de afeto dão força e motivação para nossos entes queridos suportarem momentos difíceis, de stress, ainda mais numa sociedade onde a tecnologia aproxima indivíduos de todo planeta, mas, paradoxalmente, afasta os mesmos nas interações mais expressivas, tais como um olhar, um aperto de mão ou um sorriso acompanhado de um bom dia.
 
 
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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 06/06/2018
Reeditado em 21/06/2018
Código do texto: T6356939
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