Ponderação

Eu gosto de ficar sozinho e apreciar a minha companhia, a minha
presença, a minha energia. Mas eu também gosto de ficar na
companhia de pessoas queridas e agradáveis, ir a um restaurante, uma
lanchonete ou uma boa pizzaria para conversar e bater um bom papo
com amigos. Eu posso me considerar uma pessoa tranquila e serena,
entretanto, como todos, eu tenho meus momentos de profundo
estresse e irritabilidade.
Durante toda minha vida eu sempre tive poucos amigos. Eu nunca
priorizei muitos amigos, nunca visei a quantidade, mas sim a
qualidade. Acho que aquela é menos importante que esta. Eu nunca
objetivei a popularidade e a conquista de pessoas e muito menos ter
uma rede social agitada com muitas curtidas e solicitações de
amizades.
Hoje, com vinte e quatro anos, ainda um jovem adulto e com uma
certa experiência em relacionamentos, eu estou numa fase preventiva.
E essa prevenção é justamente no sentido de evitar relações. Talvez eu
tenha edificado essa armadura por conta das decepções do passado,
sendo que a primeira foi como um golpe, um soco no estômago. Eu
não estava preparado para isso.
A modernidade tem revelado que a inexistência de afetividade e
identificação entre as pessoas vem ocorrendo frequentemente. A
atualidade mostra que as pessoas se gostam não porque compartilham
da mesma ideologia ou da mesma energia, mas sim porque há uma
troca de favores ou interesses uni ou bilateralmente. A consideração e
o estabelecimento de valores morais estão, irrefutavelmente,
obsoletos.
Portanto, mais uma vez, o ser humano provando que a satisfação
própria e o egocentrismo representam o caminho, em um futuro não
muito distante, para a autodestruição.
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 23/09/2018
Reeditado em 14/03/2019
Código do texto: T6457454
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