Normalidade

Eu sou um jovem adulto. Alguns dizem que sou jovem demais e outros
já chamam-me de senhor. Idade para mim é algo que não expressa
uma significância. Porém, quando eu vejo a mocidade hoje e faço uma
reflexão sobre a perspectiva ou o futuro desse conjunto, o meu
sentimento é de preocupação e lamentação. Eu lamento porque a atual
geração juvenil está completamente perdida. A perdição, nesse caso,
revela uma inversão de valores morais e, principalmente, culturais.
Eu acredito que uma educação solidificada é uma fundamentalidade no
mundo moderno. Profissionais, terapeutas e pais têm trabalhado
conjuntamente para garantir a prosperidade e sucesso desse grupo de
pessoas situado entre o término da infância e o início da puberdade,
uma fase amplamente difundida como pubescência. É justamente
nesse período que começam as descobertas, os envolvimentos afetivos
e as experiências que, provavelmente ficarão registradas na identidade
do sujeito, acompanhando-os por toda vida.
Diante disso, a juventude brasileira tem apresentado um
comportamento cada vez mais alarmante. A sexualização precoce, a
prostituição, a musicalidade imprópria, a imoralidade, a iniquidade e a
futilidade são algumas das pragas mais predominantes na sociedade. E
o que mais impressiona-me é que tal classe considera essa ideologia
como a verdadeira cultura brasileira. E o resultado não poderia ser
diferente: prostituição e criminalidade.
Muitos indivíduos pertencentes a esse universo conturbado e perverso
já abandonaram a escola, já tiveram a primeira experiência sexual,
muitas garotas já engravidaram e por aí vai. É como uma sequência
ordenada de eventos, uma cascata de fatos: o jovem abandona a
escola; não tem estrutura financeira e psicológica; mas constrói
família; não tem qualificação ou capacitação profissional,
consequentemente, não conquista sua colocação no mercado de
trabalho e, finalmente, não encontra outra saída a não ser a
prostituição e a criminalidade.
O governo parece contribuir para o agravamento dessa situação tão
degradante. Todos nós sabemos que o Brasil é um dos países mais
corruptos do mundo. E a corrupção não é uma peculiaridade das
autoridades, mas também da população. As autoridades têm
negligenciado a educação, a saúde e a segurança que são os setores
que alavancam a socioeconomia nacional, pois a regência sabe que a
alienação do povo confirma o domínio pela governança e o sofrimento
dos miseráveis.
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 23/10/2018
Reeditado em 15/03/2019
Código do texto: T6484301
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