SER (QUE TIPO DE HOMEM?) OU NÃO SER; É A QUESTÃO.

Aprendi no "berço" em que me criei, que homem que é homem, é fiel à sua mulher.

Mas na escola da vida, aprendemos que homem "macho" é aquele que coleciona várias mulheres.

Na escola, da vida quero destacar, nos ensinam que devemos retornar a quem se gosta...

Só que gostar, pode rimar com amar, mas me desculpem os poetas, gostar amor não é.

No mundo da fantasia poética, ou na poética fantasia do mundo, podemos ter vários amores, como se amor fosse uma peça do vestuário, um acessório.

Mas, no seio da família em que nasci, aprendi que amor é um aprendizado.

Vai além do olhar, do frio na barriga, do arrepio e da emoção. Isto é atração, paixão.

Verdadeiro amor, de um homem verdadeiro, é aquele que ao invés de gostar, cuida; no lugar de seduzir, protege.

Gostar e apaixonar, vai pelo caminho do físico, amor, pelo comprometimento de alma.

O primeiro, é efêmero; o segundo, ultrapassa os limites desta vida, adentrando a própria eternidade.

O verdadeiro amor, levamos conosco, saberão os cinéfilos.

Na escola do mundo, e na ilusão poética, homem que é homem é aquele que gosta de muitas, que pega todas.

No berço, aprendi que homem que é homem, ama a sua mulher, a sua companheira, até o fim.

Na superficialidade da vida, homem que é homem, gosta da beleza que vê, da maciez da pele que toca, da jovialidade que o faz crer, jovem.

No alicerce da maturidade, ama-se as rugas que o tempo não consegue esconder; as celulites e estrias que a maquiagem não conseguem disfarçar.

Qual seria o verdadeiro amor e quem o verdadeiro homem?

O que à moda antiga leva flores?

O que é sempre viril?

O que recita poesias e canta serenatas?

Aprendi que o verdadeiro homem, é aquele que tira os espinhos da vida, ainda que neles se fira.

Aquele que mesmo cheio de fraquezas e imperfeições, estará sempre presente; sempre...

Aquele que briga, incomoda, mas que nunca negará o seu apoio.

Que homem devo ser?

O que idealizam?

Quem intentam me fazer ser?

Ou aquele que o berço me pautou?

Eis a questão...

BV, 07/11/19.

Antônio Moura Belo Vale
Enviado por Antônio Moura Belo Vale em 19/11/2019
Reeditado em 24/07/2022
Código do texto: T6798192
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