Família

Nem tudo é da forma com que sonhamos. Se analisarmos bem, nada é perfeito e, talvez, a perfeição em si seria, também, uma imperfeição; esta é necessária, senão não haveria meios de enxergar os nossos erros. A família, substantivo feminino, concreto, comum e coletivo, termo derivado do latim “famulus”, assim como tudo é, possui falhas. Contudo, faz-se necessária a percepção de que ela é nosso refúgio, a nossa moradia, na qual podemos festejar e, no mesmo ínterim, se magoar; ela é a flor cujas pétalas nos traz o perfume e a leveza da vida e, também, os espinhos que nos martiriza; é o céu aberto em pleno voo e, no mesmo azo, o vento da tormenta; pode ser a mão que nos afaga e acalenta; nossa esperança e, no mesmo ensejo, o nosso desapontamento.

Temos os mesmos genes, embora tenhamos, em muitos âmbitos, pensamentos divergentes. Carregamos conosco, portanto, as informações genéticas de nossos antepassados. Cabe a nós melhorá-los, passando às futuras gerações o que temos de proeminente.

A família é a base da sociedade; essa frase é equivalente, de certo modo, a dizer que nossos filhos são o futuro, e não só de uma determinada sociedade, e sim da humanidade como um todo. Sendo assim, é dever nosso cuidar de nossas crias, para que este globo seja um lugar mais aprazível, cujas ações de seus habitantes sejam benfazejas, deixando de lado tudo aquilo que for de malgrado. Em vista disso, ainda que sejamos errôneos, impuros, infiéis; tenhamos pensamentos inescrupulosos e espúrios, constitui-se nosso múnus passar para frente apenas o que for ao mundo esplêndido, mesmo que isso contrarie nossa visão daquilo que é para nós axiomático, um verdade incontestável a nos que, no entanto, não conseguimos prová-la.

Regozija-se com os bons momentos que os teus familiares lhe proporcionarem e relevem as altercações do ambiente familiar, que por vezes são comuns. Viva as boas monções da melhor forma que lhe aprouver.

Bruno Godoy.