Teoria da literatura. Walter Benjamin
Walter Benjamin no ensaio “A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutividade Técnica”
define a aura como a magnitude de observar uma obra de arte em um local específico
como um museu ,uma igreja ou um local sagrado. Esses espaços agregam a essas
peças uma história e as relacionam com o artista que as fez ,além de, a relacionar com
as histórias das famílias que a possuíram. Cada pintura conta nos arranhões de sua ou
no desgaste de sua tela a narrativa dos seus antigos donos assim como cada traço do
pincel na tela a liga com pintor que a fez conferindo-lhe desse a sua autenticidade.
Porém, com o advento da tecnologia (principalmente, mas não somente) a aura e a
autenticidade começaram a entrar em declínio. As marcas de pincel nas telas e os
riscos na moldura deixaram de existir, antes o que só era possível contemplar em
determinados ambientes ,em uma contemplação quase mística, agora podia ser
reproduzida pela imagem fotográfica e vista por qualquer indivíduo na privacidade do
seu quarto.
Apesar, dessa revolução tecnológica ter afetado de forma negativa a aura ela
mostrou-se muito positiva para a disseminação da cultura entre as massas populares.
Com isso, a relação da arte com a população mudou. Essa deixou de ser elitizada e
burguesa para torna-se acessível para o proletariado.
Nota-se, que isso acabou dessacralizando as obras de arte. Com isso, percebe-se
que, hoje,é possível a um cidadão comum interagir com qualquer peça artística por
meio da Reprodutividade Técnica. Vejamos o exemplo da pintura da Monalisa que por
meio desse método qualquer pessoa ao reproduzi-la pode alterar os seu traços seja
encurtando os seu cabelos ou acrescentando um bigode. Por fim, essas modificações
podem ocorrer de diversas maneiras. Com isso , a arte deixou de ser sacra e tornou -se
popular havendo assim uma ressignificação da sua história.
Contudo, não devemos deixar de ressaltar os efeitos negativos que esse avanço
trouxe. Podemos observar que esse movimento tecnológico promoveu o
individualismo causando dessa maneira a morte da narrativa. Com isso, o ser humano
passou a ser mais introspectivo e individualista não fazendo mais a troca de
experiências quê é tão necessária para a manter “viva”.
A morte da narrativa acontece com o avanço da tecnologia, percebe-se isso
principalmente na literatura (antes as histórias que eram transmitidas oralmente para
e por um coletivo foram perdendo espaço para os romances impressos que exigiam
uma leitura individual). Além disso, as guerras com os seus avanços tecnológico foram
deixando os combatentes mais individualistas e fechados em si mesmo. Com isso, as
suas histórias não eram compartilhadas e não havia a troca de experiências e
consequentemente a narrativa morria.
Percebe-se isso, na revolução industrial, pois, a relação do trabalhador com o
trabalho foi afetada. O que antes era artesanal e promovia a interação entre seus