Nem tudo é ilusão.

Real é aquilo que sempre É e que não muda. O resto é ilusão, porque é dual e temporário.

Mas mesmo dentro da ilusão, há ilusões maiores e ilusões menores.

Assim, o mundo material em que vivemos, antes que façamos qualquer julgamento sobre ele, é um mundo que, em alguma medida é real.

Essas letra, por exemplo, e essa tela onde lês, são, em alguma medida reais. Assim também todos os fatos, antes dos julgamentos, são em alguma medida reais.

Nesse sentido, os Fatos que ocorrem neste mundo, embora não sejam uma realidade máxima, ainda sim é uma realidade. Tudo que ocorre neste mundo é um jogo educativo, mas é um jogo real, criado por um Deus real.

Nos aproximamos da realidade máxima quando passamos a ter consciência de quem somos e a consciência de que estamos num jogo educativo. Daí passamos naturalmente a agir segundo nossa real natureza amorosa.

Nesse sentido, o “real” seria qualquer coisa vista pela perspectiva de uma consciência desperta. A ilusão é tudo que é visto pela perspectiva de nossa inconsciência. Inconsciência sobre quem somos. Sobre o que estamos fazendo aqui.

A ilusão maior não provém dos fatos, mas no nosso olhar, no nosso óculos mental. Na nossa incapacidade de ver as coisas em conexão com Deus. Deus é a única luz na qual eu vejo.

Uma vez inconscientes, passamos a ver os fatos, não como um jogo educativo, mas como uma realidade máxima, sem entender os propósitos de aprendizado, e passamos a dar opiniões e contar história ilusórias sobre os fatos. Agimos de forma deformada fora da nossa essência amorosa, porque, ao entrar no jogo, esquecemos quem somos e somos levados pelos desejos da matéria e não a Vontade do Espirito. Não estar em conexão com Deus é não lembrar de quem somos. Isso significa estar Inconsciente.

Quando estamos inconscientes neste jogo educativo, não somos nós que fazemos, mas nosso personagem inconsciente.

A inconsciência não foi uma escolha nossa. Deus nos colocou aqui neste jogo, inconscientes, e nos deu ferramentas para despertar. Todos que despertam, ganham uma “salva de palmas”, descobrem que estão perdoados de toda sua inconsciência porque fazia parte do jogo e, doravante, passam a ser agentes que colaboram para o despertar dos outros.

Deus sabia que você ia errar. Ele te colocou no mundo com os olhos vendados e naturalmente você tropeçou. Ele te colocou num jogo e não te avisou, pois “não saber” era parte do jogo. Então você tem “salvo conduto” de tudo, ainda que tenha assassinado pessoas durante a partida do jogo.

A culpa que você carrega são ilusões, próprias de quem ainda está semi-inconsciente. A culpa vai sumir quando você se tornar consciente de quem você é, e consciente de que o mundo é uma escola, um jogo educativo. Quando você despertar, ouvirá as palmas e naturalmente aceitará o perdão.

O perdão divino que você começa a captar agora é o reflexo da sua saída da inconsciente para a consciência.

Só é possível aceitar o perdão divino se de fato você entende que estava em um jogo educativo. Só quem sabe que está num jogo pode ajudar outros a despertar.

Eu perdoo meu passado, que não é meu, mas do meu personagem inconsciente.

Eu perdoo o passado das outras pessoas, cujos personagens estavam inconscientes e agiam fora da sua essência.

Deus perdoa a minha inconsciência passada, presente e futura e o de todas as pessoas, pois a inconsciência era parte do seu plano amoroso de evolução para toda a humanidade.

O passado que me dói. Dói por desconhecimento de quem eu sou e do projeto educativo que Deus me incluiu. Quando eu ganhar consciência, a dor passará e serei puro amor.

Por não saber quem sou e do porquê aqui estou, julgo o presente e o passado dos fatos com base na crença da culpa e do medo.

Como não sei quem sou, nem o que estou fazendo aqui, projeto minhas opiniões inconscientes sobre os fatos do passado e presente.

Eu perdoo meu passado doloroso, que são dolorosos por conter projeções de minhas crenças e opiniões fora de Deus.

Agora que estou semi-desperto eu aceito o presente como oportunidade de me conhecer e perdoar.

Agora que estou semi-deserto eu aceito o presente sem julgamentos. Posso dizer que eu perdoo o presente e aceito ele ser como é.

Agora que estou semi-desperto eu perdoo minhas projeções e as ignoro, mantendo-me presente na experiencia.

Agora que estou semi-desperto eu aceito os fatos ignorando meus julgamentos que ainda me chegam..

Sou imortal, inculpável, invulnerável, indestrutível.

Mas há uma diferença entre saber-se imortal e acreditar-se imortal.

Quem sabe uma coisa, vive esse conhecimento. Quem acredita em uma coisa, mas não sabe de fato, pois não experienciou, tenta viver segunda essa crença.

As pessoas que acreditam que são um ente divino e acreditam que a vida é um jogo educativo e que por isso estão perdoados, estas pessoas tentarão viver essa crença e serão os semi- conscientes, semi-despertos. Estes não estão em total comunhão com o divino e muitas vezes se verão torturados por desejos e aversões, prazeres e dores, dois quais lutarão bravamente para manter-se em um vida moderada e amorosa.

Já as pessoas que se sabem entes divinos e sabem que vivem um jogo educativo, estas superaram a ilusão, são seres plenamente despertos e conscientes e são por isso, mestres para o mundo. Estes estão em total comunhão com o divino e seus desejos são desejos de anjos e por isso gostam apenas do que se deve e regozijam-se na abstenção do indevido

Como sair do crer para o saber?

Eu pessoalmente não sei, mas creio que o caminho amoroso do autoconhecimento seja o único caminho.

Atma Jordao
Enviado por Atma Jordao em 09/12/2021
Reeditado em 10/12/2021
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