ENSINAMENTO AOS PAIS

Escrevo para você que é, tem ou conhece um pai ou mãe de crianças ou jovens. Não pretendo, na minha ignorância, condenar ou afirmar métodos certos ou errados de ensinamentos. Mas mostrar-lhes uma filosofia de dia-a-dia que pode ajudar a dar apoio e ensinar, não só os filhos, mas também quaisquer pessoas íntimas a quem queremos “convencer” algo ou simplesmente entrar num acordo.

Se você quer, por exemplo, que seu filho seja mais responsável, menos grosseiro, estude mais, é difícil que você consiga isso usando frases imperativas e falando o que já sabe, até porque a maioria já está familiarizado e saturadocom os conselhos e ordens. É bem mais fácil resolver com diálogo, e diálogo é quando os dois falam e os dois escutam. Quando alguém somente ouve, um instinto é que se rejeite o que é ouvido, porque está vindo de outra pessoa. O melhor é fazê-la falar o que pensa e raciocinar o certo por ela mesma, do que tirar tentar injetar nela um monte de conclusões já prontas.

Para começar o diálogo, os dois devem estar sentados e sem usar telefone, computador, TV, ok? Primeiro ele deverá admitir a situação, ao escolher a opção mais incorreta, então pergunte “você acha que estuda pouco ou muito?”, “você acha que é muito bem-educado ou é um pouquinho grosseiro?”, mas sem falar alto e sem aparentar superioridade, podendo exagerar na opção correta e sutilizar a errada, para garantir que ele admita a errada.

Depois pergunte “e você acha que isto é correto ou que não é tão certo e se melhorasse traria coisas boas?”, onde ele deverá confirmar que considera isso errado.

Em seguida pergunte “o que você acha que poderíamos fazer para ajudar a evitar/melhorar isso?”, o que, além de mostrar a você meios de ajudar, vai, principalmente, mostrar ao ajudado que ele têm apoio.

Por fim, pergunte “certo, e o que você acha que poderia fazer pra melhorar a situação?”, que, ao responder, vai melhorar, desenvolver e concretizar o que apenas passava pela mente dele.

Se você proporcionar um ambiente agradável e não perguntar de forma agressiva, ele responderá o que você responderia ou algo que você concorde, e, conseqüentemente, vai quase que aconselhar a si mesmo.

Fazendo algumas adaptações, essa técnica pode ser usada para você alertar sobre drogas, sexo, tentar evitar manias e vícios, melhorar das mais simples às mais complexas situações de convívio e as próprias relações de diálogo do dia-a-dia.

Agradeço a leitura e desejo que faça bom uso desse tipo de diálogo em cuja eficiência acredito fielmente.

Cláudio Theron
Enviado por Cláudio Theron em 11/12/2007
Reeditado em 11/12/2007
Código do texto: T773304
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