Manifesto das artes modernas sobre o mundo contemporâneo
"Para fazer uma poesia dadaísta: Pegue um jornal. Pegue uma tesoura. Escolha no jornal um artigo que tenha o comprimento que você deseja dar à sua poesia. Recorte o artigo. Corte de novo com cuidado, cada palavra que forma este artigo e coloque todas as palavras num saquinho. Agite delicadamente. Tire uma palavra depois da outra as colocando na ordem em que você as tirou. Copie-as conscienciosamente. A poesia se parecerá com você. Ei-lo transformado em escritor infinitamente original e dotado de encantadora sensibilidade..." (Manifesto Dadá de 1918 - Tristan Tzara).
Toca
Suponhamos tempo medido
Nascente não luminescência
Existe quantidade tempo
Como qualidade pode
Preciso, mas não
Topo copas sobre
Seja ser árvores
Momento
Momento
Momento
TUCTUCTUCTOC
E inspiração o que é o que é sentido e pontuação pra que serve pra que serve pra quê gramática se você nem tempo tem de digerir as palavras se não te deixam ler porque arte liberta a arte livre na mão dos artistas sim ela te liberta e com a sua liberdade ah eles caem tic
Caem
Ca
em
c
a
e
m
c
a
e
minha expressão, cadê?
Cadê meu exagero belo, cadê?
Cadê o impacto, cadê?
Cadê o espanto?
Eu te espanto?
Espanto.
E cadê seu medo?
Cadê seu medo uma hora dessas, cadê?
Meu tempo não é mais nada
As minhas máquinas não são mais nada
O meu futuro se tornou um nada
A sua vida já não é mais nada
A sua arte virou um nada
E a arte deles?
Há! Há! A arte deles sempre foi um nada!
Nada!
Nada
Nada
N
A
D
A vida é uma falácia criada por Deus?
A vida é uma falácia? tec
A vida?
A vida?
A vida?
A vida?
A arte?
Toca.
O seu toque não é nada
O seu toque não é nada
O seu toque não é nada
O meu toque
Dói?
Dói.
tac